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{{Livro
 
{{Livro
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|Nome = A História Secreta da Akatsuki: O Desabrochar das Flores Malignas
|Nome = Akatsuki Hiden: Flores Malignas em Plena Florescência
 
|Imagem = Akatsuki_Hiden.png
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|Imagem = <gallery>Akatsuki_Hiden.png|Japão
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Capa_Novel_Akatsuki_Hiden_(Brasil).jpg|Brasil</gallery>
|Anterior = ''[[Gaara Hiden: Uma Miragem de Tempestade de Areia]]''
 
|Próximo = ''[[A Lenda do Shinobi de Coração Puro]]''
 
|Páginas = 240
 
 
|Kanji = 暁秘 咲き乱れる悪の華
 
|Kanji = 暁秘 咲き乱れる悪の華
 
|Rōmaji = Akatsuki Hiden: Sakimidareru Aku no Hana
 
|Rōmaji = Akatsuki Hiden: Sakimidareru Aku no Hana
|Japão = 3 de Julho de 2015
 
|ISBN = 978-4-08-703367-0
 
 
|Autor = Shin Towada
 
|Autor = Shin Towada
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|Editora = [[Wikipedia:pt:Shueisha|Shueisha]] (Japão)<br>[[Wikipedia:pt:Panini Group|Panini]] (Brasil)
|Série = [[Naruto Hiden]]
 
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|Páginas = 240 (Japão)<br>106 (Brasil)
|Personagens = [[Deidara]] • [[Hidan]] • [[Kisame Hoshigaki]] • [[Kakuzu]] • [[Konan]] • [[Nagato]] • [[Sasori]] • [[Ameyuki]] • [[Hohozuki]] • [[Kiiro]] • [[Kodaka]] • [[Komitsu]] • [[Ōmitsu]]
 
 
|Série = ''[[Naruto Hiden]]''
|Jutsu = [[Liberação de Lama: Boneco de Lama]] • [[Liberação de Lama: Chão de Lama]] • [[Liberação de Lama: Parede de Barro]] • [[Liberação de Lama: Vazio Profundo de Lama]] • [[Shuriken de Papel]] • [[Tsukuyomi]]
 
 
|Anterior = [[A História Secreta de Gaara: A Ilusão na Tempestade de Areia|Anterior]]
|Equipamentos = ''[[Extensão dos Olhos]]'' [[Samehada]] [[Foice de Lâmina-Tripla]]}}'''Akatsuki Hiden: Flores Malignas em Plena Florescência''' (暁秘 咲き乱れる悪の華, ''Akatsuki Hiden: Sakimidareru Aku no Hana'') é uma história original escrita por Shin Towada e ilustrada por [[Masashi Kishimoto]]. É o sexto e último livro da série ''[[Naruto Hiden]]''.
 
 
|Seguinte = [[A Lenda do Shinobi de Coração Puro|Seguinte]]
 
|Japão = 03 de julho de 2015
 
|ISBN Japão = 978-4-08-703367-0
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|Brasil = 29 de abril de 2022
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|ISBN Brasil = 9786557050194
 
|Personagens = [[Ameyuki]] • [[Chiyo]] • [[Deidara]] • [[Goushou Toujin]] • [[Hanzō]] • [[Hidan]] • [[Hohozuki]] • [[Kakuzu]] • [[Kanyū]] • [[Kiiro]] • [[Kisame Hoshigaki]] • [[Kodaka]] • [[Komitsu]] • [[Konan]] • [[Mashō Toujin]] • [[Nagato]] • [[Ōmitsu]] • [[Rin Nohara]] • [[Sasori]] • [[Yahiko]]
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|Jutsu = [[Argila Explosiva]] • [[Bastão de Chakra]] • [[C1]] • [[C2]] • [[Caminho Deva]] • [[Caminho Exterior]] • [[Clone de Areia]] • [[Dança do Shikigami]] • [[Dança do Shikigami: Punição]] • [[Estilo Água: Captura do Campo de Xarope de Amido]] • [[Estilo Água: Chuva Tóxica]] • [[Estilo Água: Formação da Parede de Água]] • [[Estilo Água: Grande Onda de Choque Explosiva de Água]] • [[Estilo Água: Técnica da Bomba de Água]] • [[Estilo Água: Técnica da Bomba do Tubarão de Água]] • [[Estilo Explosão]] • [[Estilo Lama]] • [[Estilo Lama: Boneco de Lama]] • [[Estilo Lama: Fundação de Lama]] • [[Estilo Lama: Parede de Lama]] • [[Estilo Lama: Vazio Profundo de Lama]] • [[Estilo Raio: Agulhas do Trovão]] • [[Estilo Raio: Gian]] • [[Fúria da Samehada]] • [[Jiongu]] • ''[[Kinjutsu de Iwagakure]]'' • [[Perfurar como Punição]] • [[Rinnegan]] • [[Shuriken de Papel]] • [[Técnica da Areia Manipuladora da Mente]] • [[Técnica da Ilusão do Aroma Floral]] • [[Técnica da Maldição: Possessão Mortal pelo Sangue]] • [[Técnica da Prisão de Água]] • [[Técnica do Clone de Rocha]] • ''[[Técnica do Enxame de Abelhas]]'' • [[Técnica do Tigre à Vontade na Chuva]] • ''[[Técnica Papirocinética]]'' • ''[[Técnica Secreta: Manto de Abelhas]]'' • [[Tsukuyomi]]
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|Equipamentos = [[Escopo]] • [[Esmalte Secreto]] • [[Foice de Lâmina Tripla]] • [[Kama]] • ''[[Lança Retrátil]]'' • [[Marionete: Hiruko]] • [[Mel Hachibe]] • [[Samehada]]
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|Times = [[Esquadrão de Criptograma]] • [[Unidade de Explosivos]] • [[Unidade de Marionetes]]}}
 
{{Tradução|'''A História Secreta da Akatsuki: O Desabrochar das Flores Malignas'''|暁秘 咲き乱れる悪の華|Akatsuki Hiden: Sakimidareru Aku no Hana}} é uma história original escrita por Shin Towada e ilustrada por [[Masashi Kishimoto]]. É o sexto e último livro da série ''[[Naruto Hiden]]''.
   
== Sumário ==
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== Sinopse ==
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{{Citação|Durante sua jornada, [[Sasuke Uchiha]] conhece um garoto. Ele lhe conta que sua família foi morta pela [[Akatsuki]], a organização que possuía habilidades sobre-humanas e trajava casacos negros estampados com nuvens vermelhas. Eles mataram, roubaram e queimaram; pelo seu próprio bem, pelo de entes queridos, por dinheiro, pela fé, pela arte, pela paz, pela flor que nasce da esperança. A verdade daqueles que foram um dia chamados de demônios iluminou o alvorecer da nova era [[ninja]].}}
=== Prólogo ===
 
   
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== Apresentação de Personagens ==
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* '''[[Itachi Uchiha]]''', [[ninja]] originário da [[Vila Oculta da Folha]];
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* '''[[Konan]]''', ninja originária da [[Vila Oculta da Chuva]];
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* '''[[Pain]]''', ninja originário da Vila Oculta da Chuva;
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* '''[[Kakuzu]]''', ninja originário da [[Vila Oculta da Cachoeira]];
  +
* '''[[Sasori]]''', ninja originário da [[Vila Oculta da Areia]];
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* '''[[Kisame Hoshigaki]]''', ninja originário da [[Vila Oculta da Névoa]];
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* '''[[Deidara]]''', ninja originário da [[Vila Oculta da Pedra]];
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* '''[[Hidan]]''', ninja originário da [[Vila Oculta das Fontes Termais]];
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* '''[[Tobi]]''', homem mascarado;
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* '''[[Zetsu]]''', homem misterioso;
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* '''[[Sasuke Uchiha]]''', ninja da Vila Oculta da Folha.
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== Resumo ==
 
=== Prólogo ===
 
Vários anos após o fim da [[Quarta Guerra Mundial Ninja]], [[Sasuke Uchiha]] viaja por uma floresta. Apesar de já ter sido um criminoso internacional, foi concedido liberdade a ele e uma nova perspectiva por causa de sua amizade com [[Naruto Uzumaki]], o amor de [[Sakura Haruno]] e a confiança de [[Kakashi Hatake]]. Ele então buscava redenção de suas ações passadas ao, entre outras coisas, olhar para o mundo com uma nova visão. Enquanto Sasuke atravessava pela floresta, ele encontrou uma porção de flores brancas que cresciam na base de uma árvore próxima. Como em anos anteriores ele jamais notaria tais flores, ele fica por um momento as apreciando.
 
Vários anos após o fim da [[Quarta Guerra Mundial Ninja]], [[Sasuke Uchiha]] viaja por uma floresta. Apesar de já ter sido um criminoso internacional, foi concedido liberdade a ele e uma nova perspectiva por causa de sua amizade com [[Naruto Uzumaki]], o amor de [[Sakura Haruno]] e a confiança de [[Kakashi Hatake]]. Ele então buscava redenção de suas ações passadas ao, entre outras coisas, olhar para o mundo com uma nova visão. Enquanto Sasuke atravessava pela floresta, ele encontrou uma porção de flores brancas que cresciam na base de uma árvore próxima. Como em anos anteriores ele jamais notaria tais flores, ele fica por um momento as apreciando.
   
Enquanto admirava as flores, Sasuke ouve por acaso dois jovens irmãos num campo de flores próximo, os quais estavam lançando shuriken de papel um no outro enquanto fingiam que eram ninjas. [[Ōmitsu]], o irmão mais velho, era muito melhor em lançar shuriken do que o seu irmão mais novo, [[Komitsu]], o qual reverenciava a habilidade de Ōmitsu. Sasuke então se lembra de sua admiração pelo seu irmão, [[Itachi]]. Após utilizarem todas as suas shuriken, Komitsu começa a pegar as shuriken no chão quando uma rajada de vento começa a afastá-las. Ele começa a persegui-las, não percebendo que ele estava rumando para um precipício. Quando Komitsu estava ultrapassando o limite para cair, Sasuke o salva, tendo coletado todas as shuriken de papel também.
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Enquanto admirava as flores, Sasuke ouve por acaso dois jovens irmãos num campo de flores próximo, os quais estavam lançando [[shuriken]] de papel um no outro enquanto fingiam que eram [[ninjas]]. [[Ōmitsu]], o irmão mais velho, era muito melhor em lançar shuriken do que o seu irmão mais novo, [[Komitsu]], o qual reverenciava a habilidade de Ōmitsu. Sasuke então se lembra de sua admiração pelo seu irmão, [[Itachi]]. Após utilizarem todas as suas shuriken, Komitsu começa a pegar as shuriken no chão quando uma rajada de vento começa a afastá-las. Ele começa a persegui-las, não percebendo que ele estava rumando para um precipício. Quando Komitsu estava ultrapassando o limite para cair, Sasuke o salva, tendo coletado todas as shuriken de papel também.
   
Komitsu tenta insistir em demonstrar que ele sabia o que estava fazendo, mas, ao ver o quanto aliviado Ōmitsu estava pela intervenção de Sasuke, ele agradece Sasuke pela ajuda. Por causa das habilidades demonstradas por Sasuke, Komitsu o questiona se ele era o Naruto. Sasuke fica tão surpreso com a pergunta que acaba não respondendo, então fazendo Komitsu acreditar que ele era o Naruto. Komitsu então pede para que "Naruto" os treinassem em meio às tentativas falhas de Ōmitsu em acalmá-lo. Acreditando que aquilo se tratava de algum tipo de punição do destino, Sasuke concorda em dedicar parte do seu tempo a eles, revelando-os então qual era de fato o seu nome. Enquanto eles praticavam, Sasuke continuava a dizer a si mesmo para não permanecer por muito tempo e então revela aos garotos a sua intenção de partir em breve. Ainda assim Sasuke tardava a partir, preso à inocência de Komitsu e à proteção excessiva de Ōmitsu por seu irmão.
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Komitsu tenta insistir em demonstrar que ele sabia o que estava fazendo, mas, ao ver o quão aliviado Ōmitsu estava pela intervenção de Sasuke, ele agradece Sasuke pela ajuda. Por causa das habilidades demonstradas por Sasuke, Komitsu o questiona se ele era o Naruto. Sasuke fica tão surpreso com a pergunta que acaba não respondendo, então faz Komitsu acreditar que ele, de fato, era o Naruto. Komitsu então pede para que "Naruto" os treinasse em meio às tentativas falhas de Ōmitsu em acalmá-lo. Acreditando que aquilo se tratava de algum tipo de punição do destino, Sasuke concorda em dedicar parte do seu tempo a eles, revelando-os então qual era de fato o seu nome. Enquanto eles praticavam, Sasuke continuava a dizer a si mesmo para não permanecer por muito tempo e então revela aos garotos a sua intenção de partir em breve. Ainda assim, Sasuke tardava a partir, preso à inocência de Komitsu e à proteção excessiva de Ōmitsu por seu irmão.
   
Após algumas horas de treinamento, Komitsu demonstra uma perceptível melhora, conseguindo finalmente a atingir os alvos que tentava. Komitsu fica então orgulhoso de si mesmo, mas então percebe que sol estava a se pôr, notando que o céu estava escurecendo e as nuvens estavam se avermelhando. Aquilo então o fez lembrar da [[Akatsuki]]. Sasuke fica surpreso ao ouvir a menção feita por Komitsu, então Ōmitsu o corrige ao dizer que "akatsuki" se referia ao ao amanhecer ao invés do pôr-do-sol, porém, com Komitsu permanecendo calado por um tempo, Ōmitsu se sentiu forçado a revelar para Sasuke que a família deles havia sido assassinada pela Akatsuki.
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Após algumas horas de treinamento, Komitsu demonstra uma perceptível melhora, conseguindo finalmente atingir os alvos que tentava. Komitsu fica então orgulhoso de si mesmo, mas percebe que sol estava a se pôr, notando que o céu estava escurecendo e as nuvens estavam se avermelhando. Aquilo então o fez lembrar da [[Akatsuki]]. Sasuke fica surpreso ao ouvir a menção feita por Komitsu, então Ōmitsu o corrige ao dizer que "akatsuki" se referia ao ao amanhecer ao invés do pôr-do-sol, porém, com Komitsu permanecendo calado por um tempo, Ōmitsu se sentiu forçado a revelar para Sasuke que a família deles havia sido assassinada pela Akatsuki.
   
 
=== Capítulo 1 ===
 
=== Capítulo 1 ===
'''Hypericum Erectum (弟切草, ''Otogirisō'')'''
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{{Tradução|'''Hypericum'''|弟切草|Otogirisō}}<br/>
 
Itachi Uchiha e seu parceiro, [[Kisame Hoshigaki]], estavam se abrigando numa caverna durante uma noite. Como era aniversário do [[Massacre do Clã Uchiha]], Itachi não conseguia dormir e então resolveu contemplar a lua. Enquanto olhava para lua, ele pensava sobre Sasuke, seu irmão mais novo, cuja inocência ele havia destruído, e por isso desejava que seu irmão o matasse em algum dia. Quando este dia chegasse, Itachi esperava que Sasuke não sentisse culpa alguma. Seus pensamentos então foram interrompidos por Kisame, o qual tinha ido conferir como ele estava. Kisame então disse zombando que apenas estava garantindo que Itachi não abandonasse a Akatsuki, a razão por trás de todas as parcerias em duplas da organização. Itachi não achou graça da fala de Kisame, fazendo com que Kisame admitisse que não teria chance contra ele e que, na verdade, ficaria feliz em morrer pelas mãos dele.
   
 
Assim que Kisame virou-se para retornar à caverna, tanto ele quanto Itachi notaram que eles estavam prestes a serem atacados. Uma [[Técnica de Ocultação na Névoa|névoa]] rapidamente preencheu a área e bloqueou a visão deles, indicando que eram [[Anbu#Ninjas-caçadores|ninjas-caçadores]] de [[Kirigakure]] que estavam os atacando. Antes que Kisame pudesse preparar a sua [[Samehada]] para protegê-lo, ele foi preso pela [[Técnica da Prisão de Água]] dos ninjas de Kirigakure. Quando os ninjas-caçadores acreditaram que haviam o capturado com sucesso, Kisame usou o [[Estilo Água: Onda de Impacto Explosiva]] para libertar-se. Apesar da tentativa dos ninjas de Kiri em se [[Estilo Água: Formação da Parede de Água|defenderem]], Kisame rapidamente os assassina através da combinação do uso de sua Samehada com seu [[Estilo Água]].
Itachi Uchiha e seu parceiro, [[Kisame Hoshigaki]], estavam se abrigando numa caverna durante uma noite. Como era o aniversário do [[Massacre do Clã Uchiha]], Itachi não conseguia dormir e então resolveu contemplar a lua. Enquanto olhava para lua, ele pensava sobre Sasuke, seu irmão mais novo cuja inocência ele havia destruído e por isso desejava que o seu irmão o matasse em algum dia. Quando este dia chegasse, Itachi esperava que Sasuke não sentisse culpa alguma. Seus pensamentos então foram interrompidos por Kisame, o qual tinha ido conferir como ele estava. Kisame então disse zombando que apenas estava garantindo que Itachi não abandonasse a Akatsuki, a razão por trás de todas as parcerias em duplas da organização. Itachi não achou graça da fala de Kisame, fazendo com que Kisame admitisse que não teria chance contra ele e que, na verdade, ficaria feliz em morrer pelas mãos dele.
 
   
 
Kisame acreditava que a luta havia terminando, fazendo com que [[Kiiro]] o confrontasse. Kisame então ficou confuso com a audácia de Kiiro e por não estar com vestimentas shinobi, deixando uma brecha para Kiiro atacar com o seu [[Estilo Água: Técnica da Bomba do Dragão de Água|dragão de água]]. Concomitante ao ataque do dragão de água em Kisame, Kiiro utilizou a [[Estilo Água: Chuva Tóxica]], fazendo cair uma água escura em Kisame, cobrindo os seus olhos. O parceiro de Kiiro, [[Kodaka]], imediatamente complementou os ataques de Kiiro com a seu [[Estilo Raio: Agulhas de Trovão]], bombardeando Kisame com agulhas que deixavam lesões eritematosas e edemaciadas pelo seu corpo. Ao observar as feridas, Kisame acreditou que estava [[Veneno|envenenado]], então ele usou a Samehada para remover a parte do seu corpo afetada.
Assim que Kisame virou-se para retornar à caverna, tanto ele quanto Itachi notaram que eles estavam prestes a serem atacados. Uma [[Técnica de Ocultação na Névoa|névoa]] rapidamente preencheu a área e bloqueou a visão deles, indicando que eram [[Anbu#Ninjas-caçadores|ninjas-caçadores]] de [[Kirigakure]] que estavam os atacando. Antes que Kisame pudesse preparar a sua [[Samehada]] para protegê-lo, ele foi preso pela [[Técnica da Prisão de Água]] dos ninjas de Kirigakure. Quando os ninjas-caçadores acreditaram que haviam o capturado com sucesso, Kisame usou a [[Liberação de Água: Onda de Choque Explosiva de Água]] para libertar-se. Apesar da tentativa dos ninjas de Kiri em se [[Liberação de Água: Formação da Parede de Água|defenderem]], Kisame rapidamente os assassina através da combinação do uso de sua Samehada com seu [[Liberação de Água|estilo água]].
 
   
 
Kodaka fica esmorecido ao ver Kisame se mutilando, então Kiiro o comanda para eles performarem o "segundo e último", enquanto ele criava uma outra abertura para atacar. Com Kisame preocupado, Itachi finalmente se junta ao combate, prendendo Kiiro no [[Tsukuyomi]] e, num instante, torturando-o com a sensação de estar se afogando por dois dias inteiros. Kiiro desaba com o trauma e Kodaka vem ao seu socorro. Itachi estava prestes a matar ambos quando ele escuta Kiiro referir-se a Kodaka como seu irmão mais velho, fazendo com que Itachi os deixassem escapar.
Kisame acreditava que a luta havia terminando, fazendo com que [[Kiiro]] o confrontasse. Kisame então ficou confuso com a audácia de Kiiro e por não estar com vestimentas shinobi, deixando uma brecha para Kiiro atacar com o seu [[Liberação de Água: Técnica do Projétil do Dragão de Água|dragão de água]]. Concomitante ao ataque do dragão de água em Kisame, Kiiro utilizou a [[Liberação de Água: Chuva Tóxica]], fazendo cair uma água escura em Kisame, cobrindo os seus olhos. O parceiro de Kiiro, [[Kodaka]], imediatamente complementou os ataques de Kiiro com a sua [[Liberação de Relâmpago: Agulhas de Choque Elétrico]], bombardeando Kisame com agulhas que deixavam lesões eritematosas e edemaciadas pelo seu corpo. Ao observar as feridas, Kisame acreditou que estava envenenado, então ele usou a Samehada para remover a parte do seu corpo afetada.
 
   
 
Fora de perigo, Kisame e Itachi analisam o local. Kisame teoriza que a Chuva Tóxica de Kiiro criou uma água tóxica que foi injetada em seu corpo através das Agulhas de Choque Elétrico de Kodaka. Entretanto, ao testar a água escurecida, Itachi não encontrou sinais de toxicidade e teorizou que tinha algo a mais nas Agulhas de Choque Elétrico, provavelmente o "segundo e último" que eles haviam mencionado. Kisame sugeriu que eles perseguissem Kiiro e Kodaka, mas Itachi optou por descansar, explicando que Kiiro não estava em condição de ir para muito longe. Em outro local, Kiiro acorda e, ao ser informado que Kodaka preferiu fugir ao invés de derrotar Kisame de vez, repreende Kodaka, alegando ter sido um ato de covardia. Kodaka tenta argumentar que eles não tinham chance contra Kisame e Itachi e que eles já tinham recebido dinheiro suficiente pelo trabalho conjunto com Kirigakure, já podendo ajudar a família deles ao voltar para casa. Kiiro, no entanto, não dá ouvidos ao seu irmão, estando muito tentado pela potencial fama que a vitória deles traria e insistiu em tentar novamente, assim que ele estivesse recuperado.
Kodaka fica esmorecido ao ver Kisame se mutilando, então Kiiro o comanda para eles performarem o "segundo e último" enquanto ele criava uma outra abertura para atacar. Com Kisame preocupado, Itachi finalmente se junta ao combate, prendendo Kiiro no [[Tsukuyomi]] e, num instante, torturando-o com a sensação de estar se afogando por dois dias inteiros. Kiiro desaba com o trauma e Kodaka vem ao seu socorro. Itachi estava prestes a matar ambos quando ele escuta Kiiro referir-se a Kodaka como seu irmão mais velho, fazendo com que Itachi os deixassem escapar.
 
   
 
Na manhã seguinte, Kisame novamente sugere que eles fossem atrás de Kiiro e Kodaka, para prevenir uma tentativa de um novo ataque. Itachi garantiu que não era fácil de se recuperar de um Tsukuyomi, apesar de ter refletido que o amor entre irmãos pudesse curar o dano na mente de Kiiro mais rápido do que o normal. Enquanto Kisame tentava entender a situação, Itachi pensava se seria sensato por parte dele em evitar a relação entre os irmãos, já que ir atrás deles seria um sinal de sua lealdade com a Akatsuki e tornaria mais fácil a coleta de informação sobre a organização, ajudando na sua [[missão]] para proteger [[Konoha]].
Fora de perigo, Kisame e Itachi analisam o local. Kisame teoriza que a Chuva Tóxica de Kiiro criou uma água tóxica que foi injetada em seu corpo através das Agulhas de Choque Elétrico de Kodaka. Entretanto, ao testar a água escurecida, Itachi não encontrou sinais de toxicidade e teorizou que tinha algo a mais nas Agulhas de Choque Elétrico, provavelmente o "segundo e último" que eles haviam mencionado. Kisame sugeriu que eles perseguissem Kiiro e Kodaka, mas Itachi optou por descansar, explicando que Kiiro não estava em condição de ir para muito longe. Em outro local, Kiiro acorda e, ao ser informado que Kodaka preferiu fugir ao invés de derrotar Kisame de vez, repreende Kodaka, alegando ter sido um ato de covardia. Kodaka tenta argumentar que eles não tinham chance contra Kisame e Itachi e que eles já tinham recebido dinheiro suficiente pelo trabalho conjunto com Kirigakure, já podendo ajudar a família deles ao voltar para casa. Kiiro, no entanto, não dá ouvidos ao seu irmão, estando muito tentado pela potencial fama que a vitória deles traria e insistiu em tentar novamente assim que ele estivesse recuperado.
 
   
 
Enquanto Itachi e Kisame caminhavam pela floresta, eles notam uma [[Abelhas|abelha]] venenosa voando à frente deles com um papel preso a ela. Itachi então removeu o papel sem matar a abelha, mas viu que o papel estava em branco. Kisame reconheceu aquilo do seu tempo no [[Esquadrão de Criptograma]] e imbuiu o papel com seu [[chakra]], fazendo com que uma mensagem surgisse: uma carta preenchida com amor para a família do autor. Com isso, eles supuseram que pelo menos um dos irmãos, semelhante ao [[Clã Aburame]], podia controlar abelhas e que suas [[técnica]]s tinham a intenção de disfarçar o envolvimento das abelhas em seus ataques. O "segundo e último" que eles haviam mencionado antes significava que o veneno das abelhas só se tornaria fatal com uma segunda ferroada. Como Kisame já tinha sido ferroado uma vez, Itachi aceitou que eles não poderiam deixar os irmãos irem embora. Eles então partiram na direção oposta à da abelha que tinha a carta e Itachi lastimou o fato dos irmãos não terem escapado quando tiveram a chance.
Na manhã seguinte, Kisame novamente sugere que eles fosse atrás de Kiiro e Kodaka para prevenir uma tentativa de um novo ataque. Itachi garantiu que não era fácil de se recuperar de um Tsukuyomi, apesar de ter refletido que o amor entre irmãos pudesse curar o dano na mente de Kiiro mais rápido do que o normal. Enquanto Kisame tentava entender a situação, Itachi pensava se seria sensato por parte dele em evitar a relação entre os irmãos, já que ir atrás deles seria um sinal de sua lealdade com a Akatsuki e tornaria mais fácil a coleta de informação sobre a organização, ajudando na sua missão para proteger [[Konoha]].
 
   
 
O anoitecer não tinha nem chegado quando eles encontraram os irmãos com um enxame de abelhas. Como Kodaka havia notado a chegada deles primeiro, eles supuseram que Kodaka era quem utilizava as abelhas. Kiiro imediatamente usou a Chuva Tóxica, mas estava muito fraco para formar muita [[água]] e o pouco que formou foi absorvido pelo [[Estilo Água: Técnica da Bomba do Tubarão de Água]] de Kisame. Kodaka atacou Kisame com as Agulhas de Trovão, mas Itachi o impediu com o [[Estilo Água: Captura do Campo de Xarope de Amido]], capturando as abelhas escondidas no processo. Com o segredo deles exposto, Kodaka retira o casaco que estava utilizando, revelando as abelhas venenosas que o cobriam. Ele então explica que eles eram do [[clã Hachibe]], um clã que utilizava abelhas e que era tradição que o primogênito herdasse o segredo para controlar abelhas e que o segundo filho na linhagem protegesse o primeiro. No entanto, colher mel não era mais o suficiente para poder se sustentar, então Kodaka teve que passar a utilizar abelhas venenosas para fazer trabalhos shinobi de forma autônoma.
Enquanto Itachi e Kisame caminhavam pela floresta, eles notam uma [[Abelhas|abelha]] venenosa voando a frente deles com um papel preso a ela. Itachi então removeu o papel sem matar a abelha, mas viu que o papel estava em branco. Kisame reconheceu aquilo do seu tempo no [[Esquadrão de Criptograma]] e imbuiu o papel com seu [[chakra]], fazendo com que uma mensagem surgisse: uma carta preenchida com amor para a família do autor. Com isso, eles supuseram que pelo menos um dos irmãos, semelhante ao [[Clã Aburame]], podiam controlar abelhas e que suas técnicas tinham a intenção de disfarçar o envolvimento das abelhas em seus ataques. O "segundo e último" que eles haviam mencionado antes significava que o veneno das abelhas só se tornaria fatal com uma segunda ferroada. Como Kisame já tinha sido ferroado uma vez, Itachi aceitou que eles não poderiam deixar os irmãos irem embora. Eles então partiram na direção oposta à da abelha que tinha a carta e Itachi lastimou o fato dos irmãos não terem escapado quando tiveram a chance.
 
   
 
Tendo contado a sua história, Kodaka envia um novo enxame em direação a Kisame, sendo desta vez capaz de escapar da Captura do Campo de Xarope de Amido de Itachi. Incapaz de impedir as abelhas, Itachi instruiu Kisame a cercar-se com a Técnica da Prisão de Água, fazendo as abelhas se afogarem antes que pudessem atingir Kisame. Ao mesmo tempo, Itachi atacou Kiiro com o [[Estilo Fogo: Técnica da Grande Bola de Fogo]]. Como Kiiro não podia defender-se, Kodaka saltou em frente do ataque e usou a si mesmo como um escudo. Apesar das abelhas que cobriam seu corpo terem minimizado o dano, o corpo de Kodaka ainda ficou severamente queimado. Com a sua força restante, ele ordenou que as abelhas atacassem.
O anoitecer não tinha nem chegado quando eles encontraram os irmãos numa com um enxame de abelhas. Como Kodaka havia notado a chegada deles primeiro, eles supuseram que Kodaka era quem utilizava as abelhas. Kiiro imediatamente usou a Chuva Tóxica, mas estava muito fraco para formar muita água e o pouco que formou foi absorvido pela [[Liberação de Água: Técnica do Projétil do Tubarão de Água]] de Kisame. Kodaka atacaou Kisame com as Agulhas de Choque Elétrico, mas Itachi o impediu com a [[Liberação de Água: Captura do Campo de Xarope de Amido]], capturando as abelhas escondidas no processo. Com o segredo deles exposto, Kodaka retira o casaco que estava utilizando, revelando as abelhas venenosas que o cobriam. Ele então explica que eles eram de um clã que utilizava abelhas e que era tradição que o primogênito herdasse o segredo para controlar abelhas e que o segundo filho na linhagem protegesse o primeiro. No entanto, colher mel não era mais o suficiente para poder se sustentar, então Kodaka teve que passar a utilizar abelhas venenosas para fazer trabalhos shinobi de forma autônoma.
 
   
 
Ao invés de atacarem Kisame ou Itachi, as abelhas acumularam-se sobre Kiiro. Enquanto Kiiro chorava e ficava cada vez mais paralisado pelas ferroadas das abelhas, Kodaka explicava que, como eles morreriam de qualquer forma, ele podia então ter a sua vingança, já que ele atribuiu suas frustrações com a grosseria e inveja de Kiiro, além de sua revolta com o fato de Kiiro tê-lo forçado aos trabalhos shinobi; apesar de que a apicultura era difícil para se sustentar, tratava-se de algo que era seguro e que a família podia fazer junto. Kodaka apunhala com uma [[kunai]] o coração de Kiiro através do enxame, e então utiliza a mesma kunai para apunhalar o próprio coração. Com o seu último suspiro, Kodaka confessa que, apesar de tudo, ele, assim como os seus outros irmãos, amou Kiiro. As abelhas então ficaram mais agitadas com a morte de seu mestre, forçando Itachi e Kisame a partirem do local.
Tendo contado a sua história, Kodaka envia um novo enxame em direação a Kisame, sendo desta vez capaz de escapar da Captura do Campo de Xarope de Amido de Itachi. Incapaz de impedir as abelhas, Itachi instruiu Kisame a cercar-se com a Técnica da Prisão de Água, fazendo as abelhas se afogarem antes que pudessem atingir Kisame. Ao mesmo tempo, Itachi atacou Kiiro com a [[Liberação de Fogo: Técnica da Grande Bola de Fogo]]. Como Kiiro não podia defender-se, Kodaka saltou em frente do ataque e usou a si mesmo como um escudo. Apesar das abelhas que cobriam seu corpo terem minimizado o dano, o corpo de Kodaka ainda ficou severamente queimado. Com a sua força restante, ele ordenou que as abelhas atacassem.
 
   
 
Posteriormente, Kisame notava as peculiaridades do amor e ódio que existia entre os irmãos. Já Itachi enxergava um significado muito maior no ocorrido e mais uma vez os seus pensamentos se voltavam para Sasuke. Ele se questionava para onde a dor de Sasuke o levaria enquanto ele buscava vingança, se ele podia encontrar algum tipo de força em meio ao desespero. Mais do que isso, Itachi se questionava se ele próprio durante a sua morte, como Kodaka, teria a coragem de confessar o seu amor para o seu pequeno irmão caçula. Ele então chegou à conclusão de que não saberia até que este momento chegasse.
Ao invés de atacarem Kisame ou Itachi, as abelhas acumularam-se sobre Kiiro. Enquanto Kiiro chorava e ficava cada vez mais paralisado pelas ferroadas das abelhas, Kodaka explicava que, como eles morreriam de qualquer forma, ele podia então ter a sua vingança, já que ele atribuiu suas frustrações com a grosseria e inveja de Kiiro, além de sua revolta com o fato de Kiiro tê-lo forçado aos trabalhos shinobi; apesar de que apicultura era difícil para se sustentar, tratava-se de algo que era seguro que a família podia fazer junto. Kodaka apunhala com uma kunai o coração de Kiiro através do enxame e então utiliza a mesma kunai para apunhalar o próprio coração. Com o seu último suspiro, Kodaka confessa que, apesar de tudo, ele, assim como os seus outros irmãos, amou Kiiro. As abelhas então ficaram mais agitadas com a morte de seu mestre, forçando Itachi e Kisame a partirem do local.
 
 
Posteriormente, Kisame notava as peculiaridades do amor e ódio que existia entre os irmãos. Já Itachi enxergava um significado muito maior no ocorrido e mais uma vez os seus pensamentos se voltavam para Sasuke. Ele se questionava para onde a dor de Sasuke o levaria enquanto ele buscava vingança, se ele podia encontrar algum tipo de força em meio ao desespero. Mais do que isso, Itachi se questionava se ele próprio durante a sua morte, como Kodaka, teria a coragem de confessar o seu amor para o seu pequeno irmão caçula. Ele então chegou a conclusão de que não saberia até que este momento chegasse.
 
   
 
=== Capítulo 2 ===
 
=== Capítulo 2 ===
'''O Vale das Mentiras (偽りの谷, ''Itsuwari no Tani'')'''
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{{Tradução|'''Vale da Mentira'''|偽りの谷|Itsuwari no Tani}}<br/>
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[[Kakuzu]] e seu parceiro, [[Hidan]], estavam perambulando pelo [[Vale da Mentira]], à procura de um homem marcado com uma recompensa de 1,5 bilhão de [[ryō]] sobre a sua cabeça. Como não haviam visto ninguém durante dias, eles não puderam matar ninguém até então, algo que era tido como um pecado para o deus de Hidan, o [[Jashin]]. Revoltado com a situação e cansado da caminhada prolongada, Hidan pediu para que eles desistissem, alegando que ninguém morava naquele vale. Naquele exato momento, um homem surgiu das árvores próximas, o qual Kakuzu reconheceu como alvo pelo qual eles estavam procurando.
   
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Finalmente tendo alguém para matar, Hidan perseguiu o homem, utilizando a [[Foice de Lâmina Tripla]] para adquirir uma amostra do sangue daquele homem. O homem então começou a realizar [[selos de mão]] para contra-atacar, mas interrompeu a ação quando viu Hidan cortando a sua própria mão. Confuso, ele observou enquanto Hidan preparava a sua [[Técnica da Maldição: Possessão Mortal pelo Sangue]], e então desenhava o símbolo do Jashin no solo, posteriormente lambendo o seu sangue contido na lâmina da foice, sua pele adquirindo uma aparência em forma de esqueleto e finalmente apunhalando a si mesmo no coração. O ritual de Hidan então concluiu-se, fazendo aquele homem tossir sangue e morrer. Hidan imediatamente começou a performar um ritual para Jashin, mas foi interrompido pela aparição de um garoto jovem com as mãos sujas. O garoto tinha assistido a luta que havia acontecido e acabou ficando curioso sobre como a habilidade de Hidan funcionava.
Atrás de uma recompensa, [[Hidan]] e [[Kakuzu]] chegam no Vale das Mentiras... o segredo escondido naquele vale é...?
 
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Hidan sentiu-se desconfortável pelas várias perguntas do garoto, indicando para Hidan que havia algo de errado com aquele menino. Quando o garoto demonstrou interesse em praticar a fé em Jashin, Kakuzu então concordou que de fato tinha algo de errado com ele. O garoto então se apresentou como [[Hohozuki]] e observou atentamente Hidan enquanto ele realizava o seu longo ritual que tinha sido interrompido anteriormente. Ao completar o ritual, Hidan respondeu a todas as perguntas do garoto, dando lições introdutórias sobre a adoração a Jashin. Kakuzu passou a ficar cansado com tudo aquilo e decidiu que eles deveriam prosseguir. Hidan entendeu que Kakuzu quis dizer que eles sairiam do vale, porém Kakuzu o corrigiu, alegando que a família do homem que tinha sido assassinado também tinham recompensas sobre as suas cabeças e que provavelmente eles também moravam no vale.
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Kakuzu perguntou a Hohozuki se ele sabia de algo sobre onde aquele homem residia. Após uma breve hesitação, Hohozuki admitiu que ele morava numa vila próxima e que aquele homem provavelmente era de lá também, apesar de não conseguir reconhecer o rosto do homem. Kakuzu, estando suspeito com o discurso contraditório dele, pediu a Hohozuki para mostrá-los onde fica localizada a vila como forma de prova de que ele não estava mentindo. Hohozuki obedeceu, guiando-os de volta pelo caminho que eles vieram para um precipício próximo a um rio e então apontando para uma montanha do outro lado. Kakuzu então finalmente entendeu o porquê que eles tiveram tamanha dificuldade em encontrar o alvo deles a princípio, tendo que explicar também para Hidan, revelando que a vila estava escondida por um [[genjutsu]]. Quando eles [[Genjutsu: Liberar|dispersaram]] o genjutsu, eles puderam claramente ver a vila inserida no declive da montanha.
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Kakuzu primeiro decidiu explorar a vila, chamada de [[Shangri-la]] pelo habitantes. Hohozuki explicou que tratava-se de uma pequena vila, significando que estranhos como Kakuzu e Hidan seriam facilmente notados e tido como suspeitos. Hohozuki sugeriu que Kakuzu utilizasse a [[Técnica de Transformação]] e assumisse a aparência do próprio Hohozuki, sugestão a qual Kakuzu resolveu acatar. Como Hidan era mal adaptado a infiltrações, ele acabou permanecendo para trás como Hohozuki. Então Hohozuki explicou como chegar na vila e encontrar o seu amigo, [[Ameyuki]], o qual o guiaria por Shangri-la. Ele o entregou uma bola de [[lama]], dizendo a Kakuzu para mostrar aquilo ao Ameyuki. Kakuzu considerou aquilo estranho porém aceitou a bola de lama e partiu.
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Quando ele chegou a Shangri-la, Kakuzu concluiu que deixar Hidan para trás foi a ideia certa, já que as expressões felizes dos habitantes da vila teriam provocado Hidan a atacá-los. Ao encontrar Ameyuki, Kakuzu lhe entrega a bola de lama, tendo já notado que a bola tinha o [[chakra]] de Hohozuki contido nela. Quando Ameyuki absorveu o chakra, ele imediatamente entendeu o que Hohozuki queria e então começou a escoltar Kakuzu. Percebendo que Kakuzu estava desconfiado de sua assistência, Ameyuki o garantiu que o seu único propósito era fazer o que Hohozuki desejava.
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Enquanto isso, Hidan continuava a contar a Hohozuki sobre o Jashin. Hohozuki já tinha decidido juntar-se à crença em Jashin e começar a matar em nome dele, mas estava preocupado que ele não era tão forte quanto às pessoas do mundo que defendiam a paz. Hidan lhe garantiu então que aquilo não era um problema já que tais pessoas não existiam, utilizando a sua própria experiência em [[Yugakure]] como um exemplo disso, referindo a quando ele tentou matar o seus companheiros de vila por serem pacíficos, fazendo eles reagirem tentando matá-lo primeiro, algo que de acordo com Hidan, seria incongruente, pois se eles amassem verdadeiramente a paz, eles teriam deixado serem assassinados. Hohozuki então perguntou sobre a exigência de Jashin para que seus fiéis matassem o seu próximo, questionando se aquilo significava que ele precisaria matar Kakuzu. Hidan deixou claro que ele odiava Kakuzu e por tal razão jamais consideraria Kakuzu como o seu próximo. Hohozuki então ficou aliviado com a declaração de Hidan.
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Após um tempo, Kakuzu retornou sem novidades, não tendo sido capaz de encontrar a família do homem que eles haviam assassinado. Apesar de Hidan desejar sair da vila imediatamente, Kakuzu insistiu que eles esperasse até a manhã seguinte. Hohozuki então retornou para Shangri-la, prometendo que ele voltaria para vê-los antes que eles partissem. Quando ele partiu, Kakuzu notou que eles teriam que matar Ameyuki e ele também, já que ambos sabiam de muita coisa. Hidan então sugeriu que eles não esperassem até o amanhecer, porém Kakuzu insistiu, tendo notado que alguns moradores da vila, por trás de suas feições felizes, aparentavam estar preocupados com algo. De fato, durante aquela noite, estes mesmos moradores da vila apareceram em busca pelo homem assassinado por eles. Kakuzu permitiu que eles procurassem pelo cadáver daquele homem, distraindo-os enquanto ele ativava o seu [[Jiongu]] e então os matando com o seu [[Estilo Raio: Gian]].
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Kakuzu examinou os corpos dos mortos e os reconheceu como sendo da família que eles estavam procurando. Ele então percebeu que todos deveriam estar usando a Técnica de Transformação, com a morte deles fazendo com que assumissem a aparência real deles. Suspeitando de que todos os residentes de Shangri-la eram pessoas disfarçadas, marcadas com recompensa, Kakuzu decidiu atacar a vila, alegrando Hidan. Enquanto eles atacavam a vila, a teoria de Kakuzu demonstrou-se estar correta conforme a face de todos que morriam mudava e revelava tratar-se de alvos marcados para recompensa. Kakuzu então concluiu que o líder da vila devia ter uma recompensa muito valiosa sobre a sua cabeça e resolveu ir atrás dele, instruindo Hidan a lidar com Hohozuki e Ameyuki, que tinham ido encontrá-los.
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Apesar de não ter se voltado para o ritual de Jashin até então, Hidan prometeu a Hohozuki que então faria o ritual de forma apropriada, começando com Ameyuki. Quando ele atinge Ameyuki, Hidan descobre que o corpo dele na verdade era feito de lama. A lama se espalhou, fazendo Hohozuki cancelar a sua própria Técnica de Transformação e revelar a si mesmo como o verdadeiro Ameyuki. Então Ameyuki explicou que ele estava se disfarçando como Hohozuki desde que ele chegou em Shangri-la, convivendo com uma versão de lama dele mesmo. Com o disfarce desfeito, Ameyuki podia agir como ele mesmo novamente. Hidan ficou confuso com a situação, mas foi capaz de ao menos reconhecer que Ameyuki estava disposto a lutar. Ameyuki então revelou que considerava Hidan como um próximo seu e que estava disposto a matá-lo.
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Ameyuki então ataca Hidan com o [[Estilo Lama]], a sua [[Kekkei Genkai]]. Tendo nunca visto tal [[Mudança da Natureza]], Hidan encontrou-se em desvantagem, permitindo que Ameyuki o fizesse engolir uma grande quantidade de lama. Hidan então perfura o seu próprio pulmão para se salvar de uma asfixia. Após isso, Hidan fere Ameyuki e consegue adquirir uma amostra do sangue do seu adversário. No entanto, toda vez que Hidan tentava desenhar o símbolo de Jashin no solo, Ameyuki transformava o solo em lama. Quando Kakuzu, tendo assassinado o líder da vila, retornou, Hidan solicitou a sua ajuda, mas Kakuzu recusou, alegando que ele queria ver se encontrava mais alguém em Shangri-la.
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Com a alegação de Kakuzu, Hidan fugiu pela floresta e Ameyuki o perseguiu. Enquanto desviava da lama de Ameyuki, Hidan se deu conta que Kakuzu nem tinha sequer solicitado que ele recuasse. Após conseguir manter uma distância considerável entre ele e Ameyuki, Hidan encontrou um toco de madeira sobre o qual ele conseguiu desenhar o símbolo do Jashin. Como Ameyuki podia apenas tornar barro em lama, ele foi incapaz de desfazer o símbolo de Jashin, permitindo que Hidan criasse uma ligação entre os dois. Hidan então se apunhalou de forma que evitasse que Ameyuki se movesse. Ameyuki então enalteceu as habilidades de Hidan e, quando Hidan prometeu que o mataria, disse que era justamente isso que ele desejava.
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Assim como muitos que tinham uma kekkei genkai, Ameyuki era odiado por muitos dos moradores da vila em que ele nasceu. A exceção era Hohozuki, seu único amigo. Quando escravagistas atacaram a vila e sequestraram as mulheres e as crianças, incluindo Hohozuki, Ameyuki os perseguiu e matou todos os escravagistas com a seu Estilo Lama, salvando Hohozuki, apesar de ficar marcado com uma recompensa sobre a sua cabeça. Ao invés de agradecer a Ameyuki por salvá-los, os residentes da vila temeram o seu poder e tentaram matá-lo. Hohozuki então planejou a fuga deles de Shangri-la, mas os moradores descobriram antes que pudessem escapar e acabaram assassinando Hohozuki. Ameyuki sentiu-se culpado pela morte de Hohozuki, mas decidiu seguir em frente como Hohozuki tinha lhe pedido.
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Apesar de que Ameyuki estava disposto a se tornar um sacrifício para Jashin, ele resolveu fazer um sacrifício próprio antes. Citando o mandamento de Jashin para matar os seus próximos, Ameyuki realizou a seu [[Estilo Lama: Chão de Lama]], fazendo a montanha cair sobre Shangri-la e matar a todos que ainda moravam lá. Hidan enalteceu o último ato de Ameyuki e o apunhalou no coração, assassinando-o.
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Kakuzu os encontrou pouco tempo depois, tendo conseguido escapar da destruição de Shangri-la e com uma série de valiosas recompensas em posse. Ele notou que Ameyuki seria o mais valioso, já que, além de ter matado os escravagistas, ele também matou a sua vila inteira, causando a sua futura listagem no [[Livro Bingo]] por tal motivo. Ele especula que o interesse de Ameyuki na crença em Jashin, que exigia matança, era uma maneira de lidar com o que ele faria. Além disso, ele provavelmente apareceu com um cópia de si mesmo porque desejava ser encontrado e morto. Desejando retirar logo o dinheiro pelas suas recompensas, Kakuzu pediu para que Hidan apressasse o seu ritual. Hidan, no entanto, recusou, alegando que na verdade ele demoraria mais do que o habitual porque ele tinha um mártir para celebrar: Ameyuki.
   
 
=== Capítulo 3 ===
 
=== Capítulo 3 ===
'''O Dia da Emergência (浮かびあがる日, ''Ukabiageru Hi'')'''
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{{Tradução|'''O Branco Emergente'''|浮かびあがる日|Ukabiageru Hi}}<br/>
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[[Sasori]] e seu parceiro, [[Deidara]], tinham acabado de destruir uma vila a mando da Akatsuki; Deidara explodiu os edifícios da vila com a sua [[Argila Explosiva]] e Sasori matou os sobreviventes com a sua [[Marionete: Hiruko]]. Sasori quis relatar imediatamente o sucesso da missão para a Akatsuki, mas antes, Deidara queria primeiro encontrar uma nova argila que melhor emitisse a sua "arte". Pensando sobre isso, Sasori supôs que a pequena [[Vila da Cerâmica]] teria um fornecimento adequado de argila. Gostando da ideia, Deidara logo criou um pássaro de argila para transportá-los para o local e Sasori então embarcou.
   
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Apesar da Vila da Cerâmica estar no [[País do Vento]], eles se aproximaram pelo [[País dos Rios]], que ficava próximo, pois Sasori queria evitar [[Sunagakure]]. Durante o sobrevoo inicial, Deidara conseguia visualizar toda a cerâmica que decorava os prédios e as fornalhas que as formavam. Deidara imaginou toda a beleza que seria alcançada ao se destruir tudo aquilo. Eles pousaram próximos à periferia da vila, mas acabaram notando que havia uma única oficina lá. Deidara inspecionou o local e encontrou uma mulher destruindo a sua própria cerâmica. Acreditando que aquela mulher compartilhava da sua mesma visão sobre a arte através da destruição, Deidara a cumprimentou e lhe mostrou um pouco da sua arte. A mulher, chamada [[Kanyū]], então explicou que na verdade ela tinha destruído as suas obras porque elas eram um completo desastre. Além disso, ela não tinha levado muito em conta a demonstração de Deidara, mas ela reconheceu que a arte dele tinha algum mérito. Ela então voltou ao seu trabalho e Deidara, considerando que ela não o havia insultado, seguiu com Sasori para a vila.
Procurando por argila para aprimorar o talento artístico, [[Deidara]] e [[Sasori]] chegam na cidade... a sombra espreitando-se naquela cidade é...?
 
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A Vila da Cerâmica era muito povoada, com vendedores e compradores deslocando-se pelas tendas de cerâmica que se alinhavam nas ruas. No centro da vila, havia uma grande mansão decorada com centenas de azulejos de cerâmica; Sasori explicou que o líder da vila morava naquele lugar. Apesar de, a princípio, ficar impressionado com a quantidade de cerâmica na vila, Deidara concluiu que não havia qualidade de fato, já que tudo que ele via tinha muito luxo e era tomado com muita cor. Sasori explicou que, quando ele previamente visitava a vila, o visual era diferente, que a vila tinha um estilo mais simples e de bom gosto e que os ceramistas tinham claramente se afastado deste estilo. Então Sasori e Deidara concluíram que o estilo anterior da vila era de fato arte.
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Enquanto procuravam pela fonte da argila da vila, Sasori e Deidara permaneciam cautelosos em não chamarem a atenção. Deidara estava esperançoso que a argila que ele iria adquirir seria o suficiente para matar [[Orochimaru]], o qual ele culpava por sua recrutação na Akatsuki, já que se Orochimaru não tivesse saído da organização, Deidara nunca teria sido forçado a juntar-se a ela. No entanto, ao finalmente encontrar a mina onde a vila coletava a sua argila, Deidara não se impressionou, julgando a argila da vila como inferior àquela que ele já estava utilizando. Deidara então se desculpou com Sasori por desperdiçar o tempo deles, porém Sasori, ainda não desmotivado, decidiu retornar para a cidade.
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De volta a Vila da Cerâmica, Deidara e Sasori encontraram Kanyū discutindo com o líder da vila, [[Goushou Toujin]], cujas roupas eram tão de mal gosto quanto à cerâmica da vila, segundo a visão de Sasori e Deidara. Kanyū estava suplicando a Goushou que revivesse a [[Técnica do Florescimento]] para que a vila pudesse readquirir a sua pureza. Goushou então recusou, alegando que foi justamente após abandonar o estilo Hanasaki que a vila conseguiu prosperidade. Kanyū tentou convencê-lo ao mencionar [[Mashō Toujin]], fazendo com que Goushou a golpeasse. Alguns habitantes da vila então foram averiguá-la para ajudar, mas então Goushou ameaçou bani-los da vila, afastando-os de Kanyū. Goushou então ridicularizou a ambição de Kanyū na arte pelo próprio bem da arte, dizendo que uma arte que não rendia dinheiro era inútil. Goushou então retornou para a mansão e Deidara, revoltado com as declarações dele sobre arte, destruiu o casaco espalhafatoso dele com um pequeno explosivo.
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Kanyū notou o que Deidara fez e se dirigiu a ele para se desculpar pelo alvoroço que causou, porém ainda assim sorrindo para ele demonstrando que havia aprovado o que Deidara tinha feito. Sasori então perguntou o que tinha acontecido com Mashō, indicando que ele já o tinha conhecido uma vez. Kanyū então os levou para um santuário próximo a sua oficina. O santuário tinha sido feito por Mashō, o criador da Técnica do Florescimento. A superfície do santuário assemelhava-se com flores, um efeito difícil de se produzir. Kanyū considerava-se uma estudante de Mashō e mostrou a Deidara e Sasori um pingente feito no estilo Hanasaki que Mashō entregaria para que Kanyū provasse que era sua aprendiz. Sasori e Deidara então concordaram que a Técnica do Florescimento era de fato bela. Sasori então relatou que a [[Chiyo|sua avó]] uma vez contratou Mashō para que ele fizesse algumas próteses no estilo Hanasaki para as [[Técnica Branca Secreta: A Coleção de Dez Marionetes de Chikamatsu|marionetes dela]]. Sasori então se sensibilizou pelo fato de Mashō ter abandonado a vila, porém Kanyū alegou que este não era o caso. Ela acreditava que o desaparecimento de Mashō há dez anos, assim como o desaparecimento de todos os ceramistas especialistas na Técnica do Florescimento, deveria significar que eles estavam procurando por um lugar onde o estilo Hanasaki pudesse prosperar.
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Como estava ficando tarde, Kanyū convidou Sasori e Deidara para permanecer por uma noite lá. Eles então aceitaram, porém insistiram que cada um deles ficasse em quartos separados. Após o jantar, Deidara observou Kanyū trabalhando no seu forno, tentando redescobrir o segredo da Técnica do Florescimento. Ele então sugeriu a ela que aquecesse a cerâmica mais rápido, porém ela respondeu que isso apenas destruiria a sua obra. Kanyū então perguntou se tinha algum problema na comida que ela tinha preparado para eles, pois Sasori não tinha comido nada. Deidara então disse para ela não se preocupar e explicou que Sasori tinha desistido de seu próprio corpo pela arte. Apesar de não entender o conceito de Sasori para arte, Deidara pelo menos concordava com o seu empenho pela arte, um sentimento que Kanyū também compartilhava com ele.
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Enquanto Kanyū retomava o seu trabalho, Sasori guiou Deidara de volta para o santuário de Mashō. Sasori então destruiu o santuário e fez Deidara inspecionar os destroços. Ao fazer isso, Deidara imediatamente notou a qualidade da argila em que era feito o santuário, sendo uma prova de que havia de fato uma excelente fonte de argila em algum lugar da vila. Eles então supuseram que a fonte devia estar na mansão de Goushou e partiram para lá. Ao chegar no local, Deidara explodiu as portas de entrada e, quando os guardas da mansão surgiram para averiguar a situação, Sasori utilizou a [[Técnica de Marionetes]] para forçá-los a cometer suicídio. Eles então começaram a vasculhar a mansão.
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Deidara e Sasori eventualmente encontraram uma oficina nas profundezas da mansão. Deidara então criou uma aranha com a argila da oficina e imediatamente ficou impressionado, já que aquela argila estava muito mais próximo de ser uma representação da sua visão de arte do que as outras argilas que ele já utilizou. Deidara então tentou mostrar para Sasori, mas ele estava muito preocupado em analisar os segredos do esmalte para cerâmica da vila, que era também armazenado na oficina, até porque era por esta razão que Sasori tinha concordado em ir para Vila da Cerâmica em primeiro lugar, já que este [[Esmalte Secreto]] expandiria o seu conhecimento, lhe permitindo criar um [[Veneno Mortal|novo veneno]]. Já que ambos tinham encontrado o que queriam, Sasori decidiu partir. Deidara então recusou, já que não tinha argila suficiente para os seus propósitos. Deidara queria de fato saber a localização do lugar de onde esta argila era coletada, algo que provavelmente apenas Goushou saberia.
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Deidara então rastreou Goushou na mansão e preparou um ataaque. Goushou aparentemente procurou abrigo para o ataque e Deidara o perseguiu secretamente. Goushou fugiu para o jardim da mansão e, após confirmar que não estava sendo observado, desenterrou uma porta escondida no solo. Confiante de que ali era onde estava a argila do estilo Hanasaki, Deidara finalmente confrontou Goushou. Quando, surpreendido, Goushou abriu a sua boca, Deidara lançou dentro da boca dele a sua aranha de argila que havia feito antes, detonando-a. Com Goushou morto, Sasori inspecionou a porta que Goushou estava prestes a abrir e percebeu que [[Fuuinjutsu|selos]] muito poderosos tinham sido colocados nela, os quais apenas Goushou teria sido capaz de remover.
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Recusando-se a desistir após chegar tão longe, Deidara criou o dragão do [[C2]] e subiu nele junto com Sasori. Assim que estavam prestes a voar, Kanyū apareceu e começou a gritar com eles questionando o que eles tinham feito. Sasori então a criticou por importar-se mais com a sua vila do que com a sua arte, mas ela então o corrigiu, alegando que não estava irritado por destruírem a vila, mas por terem destruído o santuário de Mashō. Satisfeito com a resposta dela, Deidara sugeriu que Kanyū evacuasse ou o futuro da Técnica do Florescimento estaria perdido. Percebendo a intenção de Deidara, Kanyū começou a correr. Enquanto a observavam se afastanto, Deidara insistiu para Sasori poupá-la, já que eles estavam em dívida com ela, pelo menos pelo jantar, algo que Sasori reconheu que era o justo a se fazer.
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Kanyū recuou até a sua oficina. Apesar de saber que ela tinha que se afastar mais, a sua última obra ainda estava no forno e ela não partiria sem antes ver como que tinha ficado. Ela observou conforme o dragão do C2 subiu pelos céus e fez o seu disparo. A explosão arrasou a vila e atingiu Kanyū.
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Sasori e Deidara então inspecionaram a cratera que estava no local onde era a mansão de Goushou, eventualmente encontrando a passagem que antes estava fechada pela porta com selos. Eles de fato encontraram uma maior quantidade de fornecimento de argila do estilo Hanasaki lá, mas Deidara ainda estava desapontado pela quantidade insuficiente que era. Ele continuou procurando pelo subsolo mas apenas encontrou um monte de esqueletos. Ao inspecionar os esqueletos, Sasori notou que um deles estava usando um pingente muito semelhante ao que Kanyū usava. Sasori então concluiu que aqueles eram corpos de Mashō e dos outros ceramistas do estilo Hanasaki, todos mortos por Goushou. Provavelmente o suprimento da argila da Técnica do Florescimento crescia pouco para continuar sustentando a vila, então ao invés de deixar a vila sofrendo enquanto aquela arte em falência era utilizada, Goushou assassinou Mashō e os outros para que a vila estivesse livre para buscar novas formas de arte.
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Deidara então se sentiu numa situação conflitante: apesar de desejar a argila do estilo Hanasaki, ele estava preocupado com fato de que pegá-la significaria que a Técnica do Florescimento estaria de fato morta. Sasori então discordou, alegando que a dedicação de um artista podia superar a limitação de suprimentos. Quando Kanyū finalmente acordou pela manhã, ela correu para verificar o seu forno, o qual em sua maior parte não estava danificado pela explosão. Dentro do forno, estava a sua obra mais recente, um exemplo perfeito do estilo Hanasaki. A explosão de Deidara aqueceu a sua obra rápido o suficiente para que ela adquirisse o seu efeito de aspecto de flor. Agora entendendo o seu segredo, Kanyū começou a pensar sobre tipos de argila que ela deveria usar, acreditando que a resistência ao calor fosse a qualidade mais importante. Naquele momento, o pingente de Mashō caiu à frente dela. Ela olhou para cima e viu Deidara e Sasori voando sobre o dragão de C2. Ela então gritou para eles agradecendo pela ajuda.
   
 
=== Capítulo 4 ===
 
=== Capítulo 4 ===
'''A Flor que não Murcha (枯れぬ花, ''Karene Hana'')'''
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{{Tradução|'''A Flor que não Murcha'''|枯れぬ花|Karene Hana}}<br/>
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[[Konan]] observou pela janela a chuva perpétua caindo em [[Amegakure]], pensando em sua infância: quando ela não tinha pais, casa e comida, ela foi encontrada e salva por [[Yahiko]]. Ela foi forçada a retornar ao presente por [[Nagato]], que falou com ela através de seu [[Seis Caminhos de Pain#Pain "Caminho Deva"|Caminho Deva]] (anteriormente, o corpo de Yahiko). Nagato disse a ela que [[Obito Uchiha|Madara Uchiha]] estava a caminho.
   
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Madara contou a Konan e Nagato sobre um homem no Vale da Mentira que supostamente tinha informações sobre as [[Bijuu]]. Nagato apontou que Hidan e Kakuzu destruíram recentemente a aldeia lá, mas Madara explicou que o informante fugiu para sua segurança, logo antes da destruição da aldeia. Como o informante já foi um ninja de [[Iwagakure]], é possível que ele soubesse algo sobre o [[jinchuuriki]] de Iwa. Por causa do sigilo em torno das identidades dos jinchuuriki, era importante que a Akatsuki obtivesse qualquer informação que pudesse para atingir seus objetivos.
Konan está procurando por pistas sobre as [[bestas com cauda]]... As dolorosas memórias de três pessoas surgem na mente de Konan...
 
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Nagato concordou que o informante deveria ser interrogado. Com isso resolvido, Madara queria que Konan fosse a única a procurar o informante. Konan protestou, pois ela tinha deveres em Ame e também precisava ficar com Nagato. Ela sugeriu enviar Hidan e Kakuzu, visto que eles estavam lá, mas Madara respondeu que eles já estavam em uma nova missão. Madara a interrompeu antes que ela pudesse sugerir mais alguém, explicando que ela, como membro da Akatsuki, deveria contribuir algumas vezes. Nagato garantiu que estava tudo bem e ela finalmente cedeu. Madara instruiu [[Zetsu Negro|Zetsu]] a mostrar-lhe como chegar ao Vale da Mentira, antes de partir.
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Konan voltou para seu quarto para se preparar para a viagem. Levaria dez dias de ida e volta, dez dias que ela estaria longe de Nagato. Embora ela soubesse que ele ficaria bem durante sua ausência, ela estava ansiosa, pois Yahiko sempre enfatizou o quão importante Nagato era para seus sonhos de paz; ela suspeitava que Yahiko disse isso a ela porque ele sabia que ela poderia priorizá-lo sobre Nagato. Ela puxou uma folha de papel amarelado de dentro de sua roupa, perto de seu peito, e examinou a velha flor prensada, armazenada dentro. Ela rapidamente cheirou a flor, devolveu-a ao seu esconderijo e foi se encontrar com Zetsu. Zetsu partiu e, após uma breve despedida do Caminho Deva de Nagato, Konan o seguiu.
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Pouco depois de viajar além das chuvas de Amegakure, Konan e Zetsu pararam na base de uma estrada na montanha. Como Zetsu estava dizendo a ela como chegar ao próximo ponto de passagem, de repente gritou. Konan ficou em alerta e seguiu o olhar de Zetsu até as raízes de uma árvore próxima. Zetsu notou que as flores brancas que cresciam ali eram muito parecidas com o ornamento de flores que Konan mantinha em seu cabelo. Embora agora estivesse claro que eles não estavam sendo atacados como ela pensava, ela permaneceu tensa, pois o doce aroma das flores a fez se lembrar de Yahiko.
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Konan e Yahiko estavam visitando uma vila perto da fronteira com o [[País do Fogo]] para obter suprimentos. Os suprimentos foram todos precificados com os ninjas de Konoha em mente, o que era mais do que Konan e Yahiko podiam pagar. Yahiko, desapontado, estava prestes a deixar a vila quando de repente saiu correndo e disse a Konan para se afastar. Ela obedeceu e, quando ele voltou, ele a presenteou com uma flor branca. Estava danificada, o suficiente para que o vendedor estivesse prestes a jogá-la fora, mas Yahiko convenceu o vendedor a deixá-lo tê-la gratuitamente. Isso o lembrou do enfeite de cabelo de Konan e, além disso, as flores eram um luxo em Ame, devido às fortes chuvas. Yahiko evitou os olhos de Konan enquanto estendia a flor para ela, e ela, corada, aceitou.
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Konan foi forçada a sair de suas memórias por Zetsu. Vendo o quanto ela gostava das flores, pegou grosseiramente um buquê delas e deu a ela para que ela não perdesse mais tempo. Ele retomou suas instruções e saiu para encontrá-la no próximo ponto. Konan colocou as flores com a flor prensada perto do peito e continuou. Depois de alcançar Zetsu e seguir para o próximo local de encontro, Konan percebeu o cheiro das flores novamente. Isso a lembrou de quando, alguns dias depois de receber a flor de Yahiko, ela decidiu preservá-la prensando-a sob uma pedra. O resultado final não foi perfeito, mas ela ficou satisfeita.
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Enquanto admirava a flor prensada em seu esconderijo, Konan se surpreendeu com o aparecimento de Nagato, recém-chegado de uma missão bem-sucedida com Yahiko. Para comemorar, eles começaram a preparar uma refeição para que estivesse pronta quando Yahiko voltasse também. Enquanto trabalhavam, Nagato mencionou seu desejo de ver [[Jiraiya]] novamente, uma vez que realizassem seu sonho de acabar com todas as guerras. Konan apoiou isso. Nagato também mencionou seu desejo de um dia, após o fim das guerras, ter mais pessoas que fossem preciosas para ele, algo que somente Konan poderia realizar. "As flores, às vezes, dão frutos", disse ele.
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Konan não tinha entendido o que Nagato queria dizer na época, mas lembrar daquela conversa permitiu que ela finalmente entendesse as palavras dele, e a angústia disso a fez voltar à realidade novamente. Ela notou outro canteiro com as flores de antes, pelas raízes de uma árvore próxima. Ao inspecioná-las, ela encontrou uma das flores dando frutos, cheios de sementes. Enquanto descansava naquela noite, examinando as sementes em sua mão, refletiu que não era mais uma flor que pudesse dar frutos.
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Depois de encontrar Zetsu novamente, ele lhe deu as últimas instruções para chegar ao Vale da Mentira; Zetsu não a acompanharia pelo resto do caminho. As flores de antes, embora agora estivessem murchando, ainda tinham seu perfume, que continuava a evocar seu passado. Ela se lembrou do dia em que Yahiko morreu: quando Konan foi feita refém por [[Hanzō]] e Yahiko, apesar de seus apelos para escapar com Nagato, se matou. Konan acreditava que Nagato também morreu naquele dia, em certo sentido: onde antes ele era gentil e sensível, ele se tornou implacável e intransigente; ele estava disposto a trabalhar com Madara, que havia distorcido a Akatsuki no oposto do que Yahiko queria.
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Konan se deparou com um campo das mesmas flores brancas. Ser presenteada com uma lembrança tão dura de Yahiko fez com que ela o visse ao seu lado. Ele articulou sua culpa, sua crença de que Nagato e Yahiko teriam criado a paz com a qual sonhavam, se ela tivesse morrido. Quando sua missão estivesse completa, eles teriam procurado Jiraiya como haviam planejado, e talvez eles a tivessem mencionado com carinho. Yahiko, Konan sentiu, teria guiado Nagato da escuridão que agora o consumia. A imagem de Yahiko encorajou Konan a desistir da Akatsuki e se salvar da corrupção de Nagato.
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Ao ouvir Yahiko dizer isso, Konan ficou desconfiada. Ela atacou com [[Shuriken de Papel]], mas as flores não foram danificadas. Percebendo o que isso significava, ela se libertou da influência do genjutsu. O campo de flores desapareceu, revelando que ela estava prestes a caminhar por um penhasco: o Vale da Mentira. Com o genjutsu dissipado, o informante a atacou e ela fugiu para a floresta próxima para encontrar um terreno melhor. Mas a imagem de Yahiko continuou a segui-la. Percebendo que o genjutsu vinha das flores, ela as descartou junto de suas sementes. A imagem de Yahiko, embora desbotada, ainda persistia, forçando-a a descartar seu manto da Akatsuki também, no qual o cheiro havia impregnado.
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Embora ela não pudesse ver Yahiko, sua voz ainda a alcançava. Como último recurso, ela pegou o papel que continha a prensagem de flores, transformou-o em uma shuriken e o jogou, acertando com sucesso o informante. Com a técnica da [[Ilusão do Aroma Floral]] do informante agora finalmente acabada, ela o atacou, [[Dança do Shikigami: Punição|envolvendo-o em papel]]. Embora fosse verdade que ela se culpava pela morte de Yahiko, o genjutsu a estava empurrando para culpar Nagato também; ela não acreditava que Nagato fosse culpado, e foi assim que ela descobriu o genjutsu. Enfurecido que a memória de Yahiko havia sido tão abusada pelo genjutsu do informante, Konan matou o homem.
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Antes que o informante morresse, Konan foi capaz de confirmar que ele conhecia o [[Rōshi|jinchuuriki]] do [[Quatro-Caudas]]. Mas ele não conhecia bem o jinchuuriki, nem sabia onde o jinchuuriki poderia ser encontrado, o que significava que toda a jornada era uma perda de tempo. Ela voltou para Amegakure, pisando na flor prensada enquanto caminhava. Zetsu e Obito Uchiha a observaram partir, desapontados com a forma como as coisas aconteceram; Obito pensou que o ódio de Nagato poderia ter ficado mais forte se Konan morresse. Yahiko uma vez avisou Konan contra sua ajuda (como "Madara") e, portanto, ela sempre foi rebelde em relação a ele. Mas Obito aceitou que ela permaneceria leal enquanto Nagato estivesse por perto. Obito mandou Zetsu embora e, depois de pensar em [[Rin]], partiu também.
   
 
=== Epílogo ===
 
=== Epílogo ===
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Quando Sasuke ouve que a família de Ōmitsu e Komitsu foi morta pela Akatsuki, ele se sente culpado por causa de seu breve tempo com a organização. Ele pensa nas pessoas que matou durante sua adesão e se pergunta se sua família estava entre elas. Enquanto ele se preocupa com isso, seu irmão mais velho, Kiiro, os chama, repetindo suas instruções para que não brinquem entre as flores. Ōmitsu e Komitsu correm para o lado dele e pedem desculpas, assim como Kiiro percebe Sasuke. Ele a princípio pensa que reconhece Sasuke, mas então percebe que o homem que ele está pensando já estaria morto; Sasuke acha que ele pensou que fosse Itachi.
Enquanto brincava com Sasuke, um homem que conhece Itachi aparece...
 
   
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Ōmitsu apresenta Sasuke e explica que ele salvou Komitsu de cair do penhasco. Kiiro agradece a Sasuke e envia Ōmitsu e Komitsu para casa para buscarem algo. Quando eles se vão, Sasuke pergunta como Kiiro conheceu Itachi, e Kiiro detalha brevemente quando ele e Kodaka conheceram Itachi e Kisame. Mas Kiiro corrige a afirmação de Ōmitsu e Komitsu de que a Akatsuki matou Kodaka; ele explicou a eles muitas vezes que não foi isso que aconteceu, mas eles eram muito jovens para entender. Kodaka morreu por causa do egoísmo e sede de fama de Kiiro. Se Kiiro tivesse ouvido Kodaka e escapado quando tiveram a chance, Kodaka ainda estaria vivo.
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Kiiro acredita que deveria realmente ser agradecido a Itachi por poupar sua vida, já que o [[Sharingan]] de Itachi, sem dúvida, o teria alertado sobre a astúcia de Kodaka. Ele sempre se perguntou por que Itachi o deixou viver, mas agora que conheceu Sasuke ele entende: Itachi, como Kodaka, tinha um irmão mais novo. Kodaka transferiu suas abelhas para Kiiro antes de morrer, que Kiiro tem usado desde então para sustentar Ōmitsu e Komitsu. Originalmente, eles viajavam vendendo mel, mas as flores que crescem nesta falésia são abundantes o suficiente para sustentá-los, permitindo finalmente que eles se estabeleçam.
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Sasuke ouve uma explosão mais abaixo no penhasco, que Kiiro explica ser dos fornos de cerâmica; a terra lamacenta na área é perfeita para cerâmica. Sasuke percebe a aliança de casamento de Kiiro: uma cerâmica branca com um padrão de flores. Ōmitsu e Komitsu retornam com uma criança, que entregam a Kiiro. Embora não tenha sido para isso que ele os enviou, Kiiro está feliz em ver seu filho. Eles também entregam a ele uma garrafa de um [[Mel Hachibe|mel medicinal]], que ele entrega a Sasuke como agradecimento por ajudar Komitsu. Sasuke parte e Ōmitsu e Komitsu acenam com um adeus. Kiiro também grita para ele, perguntando se seu irmão era gentil como Kodaka era, ao que Sasuke responde: "Sim!".
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== Curiosidades ==
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* Na versão brasileira deste romance, Kisame é erroneamente retratado na lista de personagens como um ninja originário de [[Sunagakure]].
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== Links Externos ==
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* [https://www.shueisha.co.jp/books/items/contents.html?isbn=978-4-08-703367-0 ''A História Secreta da Akatsuki: O Desabrochar das Flores Malignas'' no site da Shueisha]
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* [https://panini.com.br/naruto-a-historia-secreta-da-akatsuki-o-desabrochar-das-flores-malignas ''A História Secreta da Akatsuki: O Desabrochar das Flores Malignas'' no site da Panini]
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[[en:Akatsuki Hiden: Evil Flowers in Full Bloom]]
 
[[en:Akatsuki Hiden: Evil Flowers in Full Bloom]]
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Edição atual tal como às 23h55min de 6 de abril de 2024

A História Secreta da Akatsuki: O Desabrochar das Flores Malignas (暁秘 咲き乱れる悪の華, Akatsuki Hiden: Sakimidareru Aku no Hana) é uma história original escrita por Shin Towada e ilustrada por Masashi Kishimoto. É o sexto e último livro da série Naruto Hiden.

Sinopse

Durante sua jornada, Sasuke Uchiha conhece um garoto. Ele lhe conta que sua família foi morta pela Akatsuki, a organização que possuía habilidades sobre-humanas e trajava casacos negros estampados com nuvens vermelhas. Eles mataram, roubaram e queimaram; pelo seu próprio bem, pelo de entes queridos, por dinheiro, pela fé, pela arte, pela paz, pela flor que nasce da esperança. A verdade daqueles que foram um dia chamados de demônios iluminou o alvorecer da nova era ninja.

Apresentação de Personagens

Resumo

Vários anos após o fim da Quarta Guerra Mundial Ninja, Sasuke Uchiha viaja por uma floresta. Apesar de já ter sido um criminoso internacional, foi concedido liberdade a ele e uma nova perspectiva por causa de sua amizade com Naruto Uzumaki, o amor de Sakura Haruno e a confiança de Kakashi Hatake. Ele então buscava redenção de suas ações passadas ao, entre outras coisas, olhar para o mundo com uma nova visão. Enquanto Sasuke atravessava pela floresta, ele encontrou uma porção de flores brancas que cresciam na base de uma árvore próxima. Como em anos anteriores ele jamais notaria tais flores, ele fica por um momento as apreciando.

Enquanto admirava as flores, Sasuke ouve por acaso dois jovens irmãos num campo de flores próximo, os quais estavam lançando shuriken de papel um no outro enquanto fingiam que eram ninjas. Ōmitsu, o irmão mais velho, era muito melhor em lançar shuriken do que o seu irmão mais novo, Komitsu, o qual reverenciava a habilidade de Ōmitsu. Sasuke então se lembra de sua admiração pelo seu irmão, Itachi. Após utilizarem todas as suas shuriken, Komitsu começa a pegar as shuriken no chão quando uma rajada de vento começa a afastá-las. Ele começa a persegui-las, não percebendo que ele estava rumando para um precipício. Quando Komitsu estava ultrapassando o limite para cair, Sasuke o salva, tendo coletado todas as shuriken de papel também.

Komitsu tenta insistir em demonstrar que ele sabia o que estava fazendo, mas, ao ver o quão aliviado Ōmitsu estava pela intervenção de Sasuke, ele agradece Sasuke pela ajuda. Por causa das habilidades demonstradas por Sasuke, Komitsu o questiona se ele era o Naruto. Sasuke fica tão surpreso com a pergunta que acaba não respondendo, então faz Komitsu acreditar que ele, de fato, era o Naruto. Komitsu então pede para que "Naruto" os treinasse em meio às tentativas falhas de Ōmitsu em acalmá-lo. Acreditando que aquilo se tratava de algum tipo de punição do destino, Sasuke concorda em dedicar parte do seu tempo a eles, revelando-os então qual era de fato o seu nome. Enquanto eles praticavam, Sasuke continuava a dizer a si mesmo para não permanecer por muito tempo e então revela aos garotos a sua intenção de partir em breve. Ainda assim, Sasuke tardava a partir, preso à inocência de Komitsu e à proteção excessiva de Ōmitsu por seu irmão.

Após algumas horas de treinamento, Komitsu demonstra uma perceptível melhora, conseguindo finalmente atingir os alvos que tentava. Komitsu fica então orgulhoso de si mesmo, mas percebe que sol estava a se pôr, notando que o céu estava escurecendo e as nuvens estavam se avermelhando. Aquilo então o fez lembrar da Akatsuki. Sasuke fica surpreso ao ouvir a menção feita por Komitsu, então Ōmitsu o corrige ao dizer que "akatsuki" se referia ao ao amanhecer ao invés do pôr-do-sol, porém, com Komitsu permanecendo calado por um tempo, Ōmitsu se sentiu forçado a revelar para Sasuke que a família deles havia sido assassinada pela Akatsuki.

Capítulo 1

Hypericum (弟切草, Otogirisō)
Itachi Uchiha e seu parceiro, Kisame Hoshigaki, estavam se abrigando numa caverna durante uma noite. Como era aniversário do Massacre do Clã Uchiha, Itachi não conseguia dormir e então resolveu contemplar a lua. Enquanto olhava para lua, ele pensava sobre Sasuke, seu irmão mais novo, cuja inocência ele havia destruído, e por isso desejava que seu irmão o matasse em algum dia. Quando este dia chegasse, Itachi esperava que Sasuke não sentisse culpa alguma. Seus pensamentos então foram interrompidos por Kisame, o qual tinha ido conferir como ele estava. Kisame então disse zombando que apenas estava garantindo que Itachi não abandonasse a Akatsuki, a razão por trás de todas as parcerias em duplas da organização. Itachi não achou graça da fala de Kisame, fazendo com que Kisame admitisse que não teria chance contra ele e que, na verdade, ficaria feliz em morrer pelas mãos dele.

Assim que Kisame virou-se para retornar à caverna, tanto ele quanto Itachi notaram que eles estavam prestes a serem atacados. Uma névoa rapidamente preencheu a área e bloqueou a visão deles, indicando que eram ninjas-caçadores de Kirigakure que estavam os atacando. Antes que Kisame pudesse preparar a sua Samehada para protegê-lo, ele foi preso pela Técnica da Prisão de Água dos ninjas de Kirigakure. Quando os ninjas-caçadores acreditaram que haviam o capturado com sucesso, Kisame usou o Estilo Água: Onda de Impacto Explosiva para libertar-se. Apesar da tentativa dos ninjas de Kiri em se defenderem, Kisame rapidamente os assassina através da combinação do uso de sua Samehada com seu Estilo Água.

Kisame acreditava que a luta havia terminando, fazendo com que Kiiro o confrontasse. Kisame então ficou confuso com a audácia de Kiiro e por não estar com vestimentas shinobi, deixando uma brecha para Kiiro atacar com o seu dragão de água. Concomitante ao ataque do dragão de água em Kisame, Kiiro utilizou a Estilo Água: Chuva Tóxica, fazendo cair uma água escura em Kisame, cobrindo os seus olhos. O parceiro de Kiiro, Kodaka, imediatamente complementou os ataques de Kiiro com a seu Estilo Raio: Agulhas de Trovão, bombardeando Kisame com agulhas que deixavam lesões eritematosas e edemaciadas pelo seu corpo. Ao observar as feridas, Kisame acreditou que estava envenenado, então ele usou a Samehada para remover a parte do seu corpo afetada.

Kodaka fica esmorecido ao ver Kisame se mutilando, então Kiiro o comanda para eles performarem o "segundo e último", enquanto ele criava uma outra abertura para atacar. Com Kisame preocupado, Itachi finalmente se junta ao combate, prendendo Kiiro no Tsukuyomi e, num instante, torturando-o com a sensação de estar se afogando por dois dias inteiros. Kiiro desaba com o trauma e Kodaka vem ao seu socorro. Itachi estava prestes a matar ambos quando ele escuta Kiiro referir-se a Kodaka como seu irmão mais velho, fazendo com que Itachi os deixassem escapar.

Fora de perigo, Kisame e Itachi analisam o local. Kisame teoriza que a Chuva Tóxica de Kiiro criou uma água tóxica que foi injetada em seu corpo através das Agulhas de Choque Elétrico de Kodaka. Entretanto, ao testar a água escurecida, Itachi não encontrou sinais de toxicidade e teorizou que tinha algo a mais nas Agulhas de Choque Elétrico, provavelmente o "segundo e último" que eles haviam mencionado. Kisame sugeriu que eles perseguissem Kiiro e Kodaka, mas Itachi optou por descansar, explicando que Kiiro não estava em condição de ir para muito longe. Em outro local, Kiiro acorda e, ao ser informado que Kodaka preferiu fugir ao invés de derrotar Kisame de vez, repreende Kodaka, alegando ter sido um ato de covardia. Kodaka tenta argumentar que eles não tinham chance contra Kisame e Itachi e que eles já tinham recebido dinheiro suficiente pelo trabalho conjunto com Kirigakure, já podendo ajudar a família deles ao voltar para casa. Kiiro, no entanto, não dá ouvidos ao seu irmão, estando muito tentado pela potencial fama que a vitória deles traria e insistiu em tentar novamente, assim que ele estivesse recuperado.

Na manhã seguinte, Kisame novamente sugere que eles fossem atrás de Kiiro e Kodaka, para prevenir uma tentativa de um novo ataque. Itachi garantiu que não era fácil de se recuperar de um Tsukuyomi, apesar de ter refletido que o amor entre irmãos pudesse curar o dano na mente de Kiiro mais rápido do que o normal. Enquanto Kisame tentava entender a situação, Itachi pensava se seria sensato por parte dele em evitar a relação entre os irmãos, já que ir atrás deles seria um sinal de sua lealdade com a Akatsuki e tornaria mais fácil a coleta de informação sobre a organização, ajudando na sua missão para proteger Konoha.

Enquanto Itachi e Kisame caminhavam pela floresta, eles notam uma abelha venenosa voando à frente deles com um papel preso a ela. Itachi então removeu o papel sem matar a abelha, mas viu que o papel estava em branco. Kisame reconheceu aquilo do seu tempo no Esquadrão de Criptograma e imbuiu o papel com seu chakra, fazendo com que uma mensagem surgisse: uma carta preenchida com amor para a família do autor. Com isso, eles supuseram que pelo menos um dos irmãos, semelhante ao Clã Aburame, podia controlar abelhas e que suas técnicas tinham a intenção de disfarçar o envolvimento das abelhas em seus ataques. O "segundo e último" que eles haviam mencionado antes significava que o veneno das abelhas só se tornaria fatal com uma segunda ferroada. Como Kisame já tinha sido ferroado uma vez, Itachi aceitou que eles não poderiam deixar os irmãos irem embora. Eles então partiram na direção oposta à da abelha que tinha a carta e Itachi lastimou o fato dos irmãos não terem escapado quando tiveram a chance.

O anoitecer não tinha nem chegado quando eles encontraram os irmãos com um enxame de abelhas. Como Kodaka havia notado a chegada deles primeiro, eles supuseram que Kodaka era quem utilizava as abelhas. Kiiro imediatamente usou a Chuva Tóxica, mas estava muito fraco para formar muita água e o pouco que formou foi absorvido pelo Estilo Água: Técnica da Bomba do Tubarão de Água de Kisame. Kodaka atacou Kisame com as Agulhas de Trovão, mas Itachi o impediu com o Estilo Água: Captura do Campo de Xarope de Amido, capturando as abelhas escondidas no processo. Com o segredo deles exposto, Kodaka retira o casaco que estava utilizando, revelando as abelhas venenosas que o cobriam. Ele então explica que eles eram do clã Hachibe, um clã que utilizava abelhas e que era tradição que o primogênito herdasse o segredo para controlar abelhas e que o segundo filho na linhagem protegesse o primeiro. No entanto, colher mel não era mais o suficiente para poder se sustentar, então Kodaka teve que passar a utilizar abelhas venenosas para fazer trabalhos shinobi de forma autônoma.

Tendo contado a sua história, Kodaka envia um novo enxame em direação a Kisame, sendo desta vez capaz de escapar da Captura do Campo de Xarope de Amido de Itachi. Incapaz de impedir as abelhas, Itachi instruiu Kisame a cercar-se com a Técnica da Prisão de Água, fazendo as abelhas se afogarem antes que pudessem atingir Kisame. Ao mesmo tempo, Itachi atacou Kiiro com o Estilo Fogo: Técnica da Grande Bola de Fogo. Como Kiiro não podia defender-se, Kodaka saltou em frente do ataque e usou a si mesmo como um escudo. Apesar das abelhas que cobriam seu corpo terem minimizado o dano, o corpo de Kodaka ainda ficou severamente queimado. Com a sua força restante, ele ordenou que as abelhas atacassem.

Ao invés de atacarem Kisame ou Itachi, as abelhas acumularam-se sobre Kiiro. Enquanto Kiiro chorava e ficava cada vez mais paralisado pelas ferroadas das abelhas, Kodaka explicava que, como eles morreriam de qualquer forma, ele podia então ter a sua vingança, já que ele atribuiu suas frustrações com a grosseria e inveja de Kiiro, além de sua revolta com o fato de Kiiro tê-lo forçado aos trabalhos shinobi; apesar de que a apicultura era difícil para se sustentar, tratava-se de algo que era seguro e que a família podia fazer junto. Kodaka apunhala com uma kunai o coração de Kiiro através do enxame, e então utiliza a mesma kunai para apunhalar o próprio coração. Com o seu último suspiro, Kodaka confessa que, apesar de tudo, ele, assim como os seus outros irmãos, amou Kiiro. As abelhas então ficaram mais agitadas com a morte de seu mestre, forçando Itachi e Kisame a partirem do local.

Posteriormente, Kisame notava as peculiaridades do amor e ódio que existia entre os irmãos. Já Itachi enxergava um significado muito maior no ocorrido e mais uma vez os seus pensamentos se voltavam para Sasuke. Ele se questionava para onde a dor de Sasuke o levaria enquanto ele buscava vingança, se ele podia encontrar algum tipo de força em meio ao desespero. Mais do que isso, Itachi se questionava se ele próprio durante a sua morte, como Kodaka, teria a coragem de confessar o seu amor para o seu pequeno irmão caçula. Ele então chegou à conclusão de que não saberia até que este momento chegasse.

Capítulo 2

Vale da Mentira (偽りの谷, Itsuwari no Tani)
Kakuzu e seu parceiro, Hidan, estavam perambulando pelo Vale da Mentira, à procura de um homem marcado com uma recompensa de 1,5 bilhão de ryō sobre a sua cabeça. Como não haviam visto ninguém durante dias, eles não puderam matar ninguém até então, algo que era tido como um pecado para o deus de Hidan, o Jashin. Revoltado com a situação e cansado da caminhada prolongada, Hidan pediu para que eles desistissem, alegando que ninguém morava naquele vale. Naquele exato momento, um homem surgiu das árvores próximas, o qual Kakuzu reconheceu como alvo pelo qual eles estavam procurando.

Finalmente tendo alguém para matar, Hidan perseguiu o homem, utilizando a Foice de Lâmina Tripla para adquirir uma amostra do sangue daquele homem. O homem então começou a realizar selos de mão para contra-atacar, mas interrompeu a ação quando viu Hidan cortando a sua própria mão. Confuso, ele observou enquanto Hidan preparava a sua Técnica da Maldição: Possessão Mortal pelo Sangue, e então desenhava o símbolo do Jashin no solo, posteriormente lambendo o seu sangue contido na lâmina da foice, sua pele adquirindo uma aparência em forma de esqueleto e finalmente apunhalando a si mesmo no coração. O ritual de Hidan então concluiu-se, fazendo aquele homem tossir sangue e morrer. Hidan imediatamente começou a performar um ritual para Jashin, mas foi interrompido pela aparição de um garoto jovem com as mãos sujas. O garoto tinha assistido a luta que havia acontecido e acabou ficando curioso sobre como a habilidade de Hidan funcionava.

Hidan sentiu-se desconfortável pelas várias perguntas do garoto, indicando para Hidan que havia algo de errado com aquele menino. Quando o garoto demonstrou interesse em praticar a fé em Jashin, Kakuzu então concordou que de fato tinha algo de errado com ele. O garoto então se apresentou como Hohozuki e observou atentamente Hidan enquanto ele realizava o seu longo ritual que tinha sido interrompido anteriormente. Ao completar o ritual, Hidan respondeu a todas as perguntas do garoto, dando lições introdutórias sobre a adoração a Jashin. Kakuzu passou a ficar cansado com tudo aquilo e decidiu que eles deveriam prosseguir. Hidan entendeu que Kakuzu quis dizer que eles sairiam do vale, porém Kakuzu o corrigiu, alegando que a família do homem que tinha sido assassinado também tinham recompensas sobre as suas cabeças e que provavelmente eles também moravam no vale.

Kakuzu perguntou a Hohozuki se ele sabia de algo sobre onde aquele homem residia. Após uma breve hesitação, Hohozuki admitiu que ele morava numa vila próxima e que aquele homem provavelmente era de lá também, apesar de não conseguir reconhecer o rosto do homem. Kakuzu, estando suspeito com o discurso contraditório dele, pediu a Hohozuki para mostrá-los onde fica localizada a vila como forma de prova de que ele não estava mentindo. Hohozuki obedeceu, guiando-os de volta pelo caminho que eles vieram para um precipício próximo a um rio e então apontando para uma montanha do outro lado. Kakuzu então finalmente entendeu o porquê que eles tiveram tamanha dificuldade em encontrar o alvo deles a princípio, tendo que explicar também para Hidan, revelando que a vila estava escondida por um genjutsu. Quando eles dispersaram o genjutsu, eles puderam claramente ver a vila inserida no declive da montanha.

Kakuzu primeiro decidiu explorar a vila, chamada de Shangri-la pelo habitantes. Hohozuki explicou que tratava-se de uma pequena vila, significando que estranhos como Kakuzu e Hidan seriam facilmente notados e tido como suspeitos. Hohozuki sugeriu que Kakuzu utilizasse a Técnica de Transformação e assumisse a aparência do próprio Hohozuki, sugestão a qual Kakuzu resolveu acatar. Como Hidan era mal adaptado a infiltrações, ele acabou permanecendo para trás como Hohozuki. Então Hohozuki explicou como chegar na vila e encontrar o seu amigo, Ameyuki, o qual o guiaria por Shangri-la. Ele o entregou uma bola de lama, dizendo a Kakuzu para mostrar aquilo ao Ameyuki. Kakuzu considerou aquilo estranho porém aceitou a bola de lama e partiu.

Quando ele chegou a Shangri-la, Kakuzu concluiu que deixar Hidan para trás foi a ideia certa, já que as expressões felizes dos habitantes da vila teriam provocado Hidan a atacá-los. Ao encontrar Ameyuki, Kakuzu lhe entrega a bola de lama, tendo já notado que a bola tinha o chakra de Hohozuki contido nela. Quando Ameyuki absorveu o chakra, ele imediatamente entendeu o que Hohozuki queria e então começou a escoltar Kakuzu. Percebendo que Kakuzu estava desconfiado de sua assistência, Ameyuki o garantiu que o seu único propósito era fazer o que Hohozuki desejava.

Enquanto isso, Hidan continuava a contar a Hohozuki sobre o Jashin. Hohozuki já tinha decidido juntar-se à crença em Jashin e começar a matar em nome dele, mas estava preocupado que ele não era tão forte quanto às pessoas do mundo que defendiam a paz. Hidan lhe garantiu então que aquilo não era um problema já que tais pessoas não existiam, utilizando a sua própria experiência em Yugakure como um exemplo disso, referindo a quando ele tentou matar o seus companheiros de vila por serem pacíficos, fazendo eles reagirem tentando matá-lo primeiro, algo que de acordo com Hidan, seria incongruente, pois se eles amassem verdadeiramente a paz, eles teriam deixado serem assassinados. Hohozuki então perguntou sobre a exigência de Jashin para que seus fiéis matassem o seu próximo, questionando se aquilo significava que ele precisaria matar Kakuzu. Hidan deixou claro que ele odiava Kakuzu e por tal razão jamais consideraria Kakuzu como o seu próximo. Hohozuki então ficou aliviado com a declaração de Hidan.

Após um tempo, Kakuzu retornou sem novidades, não tendo sido capaz de encontrar a família do homem que eles haviam assassinado. Apesar de Hidan desejar sair da vila imediatamente, Kakuzu insistiu que eles esperasse até a manhã seguinte. Hohozuki então retornou para Shangri-la, prometendo que ele voltaria para vê-los antes que eles partissem. Quando ele partiu, Kakuzu notou que eles teriam que matar Ameyuki e ele também, já que ambos sabiam de muita coisa. Hidan então sugeriu que eles não esperassem até o amanhecer, porém Kakuzu insistiu, tendo notado que alguns moradores da vila, por trás de suas feições felizes, aparentavam estar preocupados com algo. De fato, durante aquela noite, estes mesmos moradores da vila apareceram em busca pelo homem assassinado por eles. Kakuzu permitiu que eles procurassem pelo cadáver daquele homem, distraindo-os enquanto ele ativava o seu Jiongu e então os matando com o seu Estilo Raio: Gian.

Kakuzu examinou os corpos dos mortos e os reconheceu como sendo da família que eles estavam procurando. Ele então percebeu que todos deveriam estar usando a Técnica de Transformação, com a morte deles fazendo com que assumissem a aparência real deles. Suspeitando de que todos os residentes de Shangri-la eram pessoas disfarçadas, marcadas com recompensa, Kakuzu decidiu atacar a vila, alegrando Hidan. Enquanto eles atacavam a vila, a teoria de Kakuzu demonstrou-se estar correta conforme a face de todos que morriam mudava e revelava tratar-se de alvos marcados para recompensa. Kakuzu então concluiu que o líder da vila devia ter uma recompensa muito valiosa sobre a sua cabeça e resolveu ir atrás dele, instruindo Hidan a lidar com Hohozuki e Ameyuki, que tinham ido encontrá-los.

Apesar de não ter se voltado para o ritual de Jashin até então, Hidan prometeu a Hohozuki que então faria o ritual de forma apropriada, começando com Ameyuki. Quando ele atinge Ameyuki, Hidan descobre que o corpo dele na verdade era feito de lama. A lama se espalhou, fazendo Hohozuki cancelar a sua própria Técnica de Transformação e revelar a si mesmo como o verdadeiro Ameyuki. Então Ameyuki explicou que ele estava se disfarçando como Hohozuki desde que ele chegou em Shangri-la, convivendo com uma versão de lama dele mesmo. Com o disfarce desfeito, Ameyuki podia agir como ele mesmo novamente. Hidan ficou confuso com a situação, mas foi capaz de ao menos reconhecer que Ameyuki estava disposto a lutar. Ameyuki então revelou que considerava Hidan como um próximo seu e que estava disposto a matá-lo.

Ameyuki então ataca Hidan com o Estilo Lama, a sua Kekkei Genkai. Tendo nunca visto tal Mudança da Natureza, Hidan encontrou-se em desvantagem, permitindo que Ameyuki o fizesse engolir uma grande quantidade de lama. Hidan então perfura o seu próprio pulmão para se salvar de uma asfixia. Após isso, Hidan fere Ameyuki e consegue adquirir uma amostra do sangue do seu adversário. No entanto, toda vez que Hidan tentava desenhar o símbolo de Jashin no solo, Ameyuki transformava o solo em lama. Quando Kakuzu, tendo assassinado o líder da vila, retornou, Hidan solicitou a sua ajuda, mas Kakuzu recusou, alegando que ele queria ver se encontrava mais alguém em Shangri-la.

Com a alegação de Kakuzu, Hidan fugiu pela floresta e Ameyuki o perseguiu. Enquanto desviava da lama de Ameyuki, Hidan se deu conta que Kakuzu nem tinha sequer solicitado que ele recuasse. Após conseguir manter uma distância considerável entre ele e Ameyuki, Hidan encontrou um toco de madeira sobre o qual ele conseguiu desenhar o símbolo do Jashin. Como Ameyuki podia apenas tornar barro em lama, ele foi incapaz de desfazer o símbolo de Jashin, permitindo que Hidan criasse uma ligação entre os dois. Hidan então se apunhalou de forma que evitasse que Ameyuki se movesse. Ameyuki então enalteceu as habilidades de Hidan e, quando Hidan prometeu que o mataria, disse que era justamente isso que ele desejava.

Assim como muitos que tinham uma kekkei genkai, Ameyuki era odiado por muitos dos moradores da vila em que ele nasceu. A exceção era Hohozuki, seu único amigo. Quando escravagistas atacaram a vila e sequestraram as mulheres e as crianças, incluindo Hohozuki, Ameyuki os perseguiu e matou todos os escravagistas com a seu Estilo Lama, salvando Hohozuki, apesar de ficar marcado com uma recompensa sobre a sua cabeça. Ao invés de agradecer a Ameyuki por salvá-los, os residentes da vila temeram o seu poder e tentaram matá-lo. Hohozuki então planejou a fuga deles de Shangri-la, mas os moradores descobriram antes que pudessem escapar e acabaram assassinando Hohozuki. Ameyuki sentiu-se culpado pela morte de Hohozuki, mas decidiu seguir em frente como Hohozuki tinha lhe pedido.

Apesar de que Ameyuki estava disposto a se tornar um sacrifício para Jashin, ele resolveu fazer um sacrifício próprio antes. Citando o mandamento de Jashin para matar os seus próximos, Ameyuki realizou a seu Estilo Lama: Chão de Lama, fazendo a montanha cair sobre Shangri-la e matar a todos que ainda moravam lá. Hidan enalteceu o último ato de Ameyuki e o apunhalou no coração, assassinando-o.

Kakuzu os encontrou pouco tempo depois, tendo conseguido escapar da destruição de Shangri-la e com uma série de valiosas recompensas em posse. Ele notou que Ameyuki seria o mais valioso, já que, além de ter matado os escravagistas, ele também matou a sua vila inteira, causando a sua futura listagem no Livro Bingo por tal motivo. Ele especula que o interesse de Ameyuki na crença em Jashin, que exigia matança, era uma maneira de lidar com o que ele faria. Além disso, ele provavelmente apareceu com um cópia de si mesmo porque desejava ser encontrado e morto. Desejando retirar logo o dinheiro pelas suas recompensas, Kakuzu pediu para que Hidan apressasse o seu ritual. Hidan, no entanto, recusou, alegando que na verdade ele demoraria mais do que o habitual porque ele tinha um mártir para celebrar: Ameyuki.

Capítulo 3

O Branco Emergente (浮かびあがる日, Ukabiageru Hi)
Sasori e seu parceiro, Deidara, tinham acabado de destruir uma vila a mando da Akatsuki; Deidara explodiu os edifícios da vila com a sua Argila Explosiva e Sasori matou os sobreviventes com a sua Marionete: Hiruko. Sasori quis relatar imediatamente o sucesso da missão para a Akatsuki, mas antes, Deidara queria primeiro encontrar uma nova argila que melhor emitisse a sua "arte". Pensando sobre isso, Sasori supôs que a pequena Vila da Cerâmica teria um fornecimento adequado de argila. Gostando da ideia, Deidara logo criou um pássaro de argila para transportá-los para o local e Sasori então embarcou.

Apesar da Vila da Cerâmica estar no País do Vento, eles se aproximaram pelo País dos Rios, que ficava próximo, pois Sasori queria evitar Sunagakure. Durante o sobrevoo inicial, Deidara conseguia visualizar toda a cerâmica que decorava os prédios e as fornalhas que as formavam. Deidara imaginou toda a beleza que seria alcançada ao se destruir tudo aquilo. Eles pousaram próximos à periferia da vila, mas acabaram notando que havia uma única oficina lá. Deidara inspecionou o local e encontrou uma mulher destruindo a sua própria cerâmica. Acreditando que aquela mulher compartilhava da sua mesma visão sobre a arte através da destruição, Deidara a cumprimentou e lhe mostrou um pouco da sua arte. A mulher, chamada Kanyū, então explicou que na verdade ela tinha destruído as suas obras porque elas eram um completo desastre. Além disso, ela não tinha levado muito em conta a demonstração de Deidara, mas ela reconheceu que a arte dele tinha algum mérito. Ela então voltou ao seu trabalho e Deidara, considerando que ela não o havia insultado, seguiu com Sasori para a vila.

A Vila da Cerâmica era muito povoada, com vendedores e compradores deslocando-se pelas tendas de cerâmica que se alinhavam nas ruas. No centro da vila, havia uma grande mansão decorada com centenas de azulejos de cerâmica; Sasori explicou que o líder da vila morava naquele lugar. Apesar de, a princípio, ficar impressionado com a quantidade de cerâmica na vila, Deidara concluiu que não havia qualidade de fato, já que tudo que ele via tinha muito luxo e era tomado com muita cor. Sasori explicou que, quando ele previamente visitava a vila, o visual era diferente, que a vila tinha um estilo mais simples e de bom gosto e que os ceramistas tinham claramente se afastado deste estilo. Então Sasori e Deidara concluíram que o estilo anterior da vila era de fato arte.

Enquanto procuravam pela fonte da argila da vila, Sasori e Deidara permaneciam cautelosos em não chamarem a atenção. Deidara estava esperançoso que a argila que ele iria adquirir seria o suficiente para matar Orochimaru, o qual ele culpava por sua recrutação na Akatsuki, já que se Orochimaru não tivesse saído da organização, Deidara nunca teria sido forçado a juntar-se a ela. No entanto, ao finalmente encontrar a mina onde a vila coletava a sua argila, Deidara não se impressionou, julgando a argila da vila como inferior àquela que ele já estava utilizando. Deidara então se desculpou com Sasori por desperdiçar o tempo deles, porém Sasori, ainda não desmotivado, decidiu retornar para a cidade.

De volta a Vila da Cerâmica, Deidara e Sasori encontraram Kanyū discutindo com o líder da vila, Goushou Toujin, cujas roupas eram tão de mal gosto quanto à cerâmica da vila, segundo a visão de Sasori e Deidara. Kanyū estava suplicando a Goushou que revivesse a Técnica do Florescimento para que a vila pudesse readquirir a sua pureza. Goushou então recusou, alegando que foi justamente após abandonar o estilo Hanasaki que a vila conseguiu prosperidade. Kanyū tentou convencê-lo ao mencionar Mashō Toujin, fazendo com que Goushou a golpeasse. Alguns habitantes da vila então foram averiguá-la para ajudar, mas então Goushou ameaçou bani-los da vila, afastando-os de Kanyū. Goushou então ridicularizou a ambição de Kanyū na arte pelo próprio bem da arte, dizendo que uma arte que não rendia dinheiro era inútil. Goushou então retornou para a mansão e Deidara, revoltado com as declarações dele sobre arte, destruiu o casaco espalhafatoso dele com um pequeno explosivo.

Kanyū notou o que Deidara fez e se dirigiu a ele para se desculpar pelo alvoroço que causou, porém ainda assim sorrindo para ele demonstrando que havia aprovado o que Deidara tinha feito. Sasori então perguntou o que tinha acontecido com Mashō, indicando que ele já o tinha conhecido uma vez. Kanyū então os levou para um santuário próximo a sua oficina. O santuário tinha sido feito por Mashō, o criador da Técnica do Florescimento. A superfície do santuário assemelhava-se com flores, um efeito difícil de se produzir. Kanyū considerava-se uma estudante de Mashō e mostrou a Deidara e Sasori um pingente feito no estilo Hanasaki que Mashō entregaria para que Kanyū provasse que era sua aprendiz. Sasori e Deidara então concordaram que a Técnica do Florescimento era de fato bela. Sasori então relatou que a sua avó uma vez contratou Mashō para que ele fizesse algumas próteses no estilo Hanasaki para as marionetes dela. Sasori então se sensibilizou pelo fato de Mashō ter abandonado a vila, porém Kanyū alegou que este não era o caso. Ela acreditava que o desaparecimento de Mashō há dez anos, assim como o desaparecimento de todos os ceramistas especialistas na Técnica do Florescimento, deveria significar que eles estavam procurando por um lugar onde o estilo Hanasaki pudesse prosperar.

Como estava ficando tarde, Kanyū convidou Sasori e Deidara para permanecer por uma noite lá. Eles então aceitaram, porém insistiram que cada um deles ficasse em quartos separados. Após o jantar, Deidara observou Kanyū trabalhando no seu forno, tentando redescobrir o segredo da Técnica do Florescimento. Ele então sugeriu a ela que aquecesse a cerâmica mais rápido, porém ela respondeu que isso apenas destruiria a sua obra. Kanyū então perguntou se tinha algum problema na comida que ela tinha preparado para eles, pois Sasori não tinha comido nada. Deidara então disse para ela não se preocupar e explicou que Sasori tinha desistido de seu próprio corpo pela arte. Apesar de não entender o conceito de Sasori para arte, Deidara pelo menos concordava com o seu empenho pela arte, um sentimento que Kanyū também compartilhava com ele.

Enquanto Kanyū retomava o seu trabalho, Sasori guiou Deidara de volta para o santuário de Mashō. Sasori então destruiu o santuário e fez Deidara inspecionar os destroços. Ao fazer isso, Deidara imediatamente notou a qualidade da argila em que era feito o santuário, sendo uma prova de que havia de fato uma excelente fonte de argila em algum lugar da vila. Eles então supuseram que a fonte devia estar na mansão de Goushou e partiram para lá. Ao chegar no local, Deidara explodiu as portas de entrada e, quando os guardas da mansão surgiram para averiguar a situação, Sasori utilizou a Técnica de Marionetes para forçá-los a cometer suicídio. Eles então começaram a vasculhar a mansão.

Deidara e Sasori eventualmente encontraram uma oficina nas profundezas da mansão. Deidara então criou uma aranha com a argila da oficina e imediatamente ficou impressionado, já que aquela argila estava muito mais próximo de ser uma representação da sua visão de arte do que as outras argilas que ele já utilizou. Deidara então tentou mostrar para Sasori, mas ele estava muito preocupado em analisar os segredos do esmalte para cerâmica da vila, que era também armazenado na oficina, até porque era por esta razão que Sasori tinha concordado em ir para Vila da Cerâmica em primeiro lugar, já que este Esmalte Secreto expandiria o seu conhecimento, lhe permitindo criar um novo veneno. Já que ambos tinham encontrado o que queriam, Sasori decidiu partir. Deidara então recusou, já que não tinha argila suficiente para os seus propósitos. Deidara queria de fato saber a localização do lugar de onde esta argila era coletada, algo que provavelmente apenas Goushou saberia.

Deidara então rastreou Goushou na mansão e preparou um ataaque. Goushou aparentemente procurou abrigo para o ataque e Deidara o perseguiu secretamente. Goushou fugiu para o jardim da mansão e, após confirmar que não estava sendo observado, desenterrou uma porta escondida no solo. Confiante de que ali era onde estava a argila do estilo Hanasaki, Deidara finalmente confrontou Goushou. Quando, surpreendido, Goushou abriu a sua boca, Deidara lançou dentro da boca dele a sua aranha de argila que havia feito antes, detonando-a. Com Goushou morto, Sasori inspecionou a porta que Goushou estava prestes a abrir e percebeu que selos muito poderosos tinham sido colocados nela, os quais apenas Goushou teria sido capaz de remover.

Recusando-se a desistir após chegar tão longe, Deidara criou o dragão do C2 e subiu nele junto com Sasori. Assim que estavam prestes a voar, Kanyū apareceu e começou a gritar com eles questionando o que eles tinham feito. Sasori então a criticou por importar-se mais com a sua vila do que com a sua arte, mas ela então o corrigiu, alegando que não estava irritado por destruírem a vila, mas por terem destruído o santuário de Mashō. Satisfeito com a resposta dela, Deidara sugeriu que Kanyū evacuasse ou o futuro da Técnica do Florescimento estaria perdido. Percebendo a intenção de Deidara, Kanyū começou a correr. Enquanto a observavam se afastanto, Deidara insistiu para Sasori poupá-la, já que eles estavam em dívida com ela, pelo menos pelo jantar, algo que Sasori reconheu que era o justo a se fazer.

Kanyū recuou até a sua oficina. Apesar de saber que ela tinha que se afastar mais, a sua última obra ainda estava no forno e ela não partiria sem antes ver como que tinha ficado. Ela observou conforme o dragão do C2 subiu pelos céus e fez o seu disparo. A explosão arrasou a vila e atingiu Kanyū.

Sasori e Deidara então inspecionaram a cratera que estava no local onde era a mansão de Goushou, eventualmente encontrando a passagem que antes estava fechada pela porta com selos. Eles de fato encontraram uma maior quantidade de fornecimento de argila do estilo Hanasaki lá, mas Deidara ainda estava desapontado pela quantidade insuficiente que era. Ele continuou procurando pelo subsolo mas apenas encontrou um monte de esqueletos. Ao inspecionar os esqueletos, Sasori notou que um deles estava usando um pingente muito semelhante ao que Kanyū usava. Sasori então concluiu que aqueles eram corpos de Mashō e dos outros ceramistas do estilo Hanasaki, todos mortos por Goushou. Provavelmente o suprimento da argila da Técnica do Florescimento crescia pouco para continuar sustentando a vila, então ao invés de deixar a vila sofrendo enquanto aquela arte em falência era utilizada, Goushou assassinou Mashō e os outros para que a vila estivesse livre para buscar novas formas de arte.

Deidara então se sentiu numa situação conflitante: apesar de desejar a argila do estilo Hanasaki, ele estava preocupado com fato de que pegá-la significaria que a Técnica do Florescimento estaria de fato morta. Sasori então discordou, alegando que a dedicação de um artista podia superar a limitação de suprimentos. Quando Kanyū finalmente acordou pela manhã, ela correu para verificar o seu forno, o qual em sua maior parte não estava danificado pela explosão. Dentro do forno, estava a sua obra mais recente, um exemplo perfeito do estilo Hanasaki. A explosão de Deidara aqueceu a sua obra rápido o suficiente para que ela adquirisse o seu efeito de aspecto de flor. Agora entendendo o seu segredo, Kanyū começou a pensar sobre tipos de argila que ela deveria usar, acreditando que a resistência ao calor fosse a qualidade mais importante. Naquele momento, o pingente de Mashō caiu à frente dela. Ela olhou para cima e viu Deidara e Sasori voando sobre o dragão de C2. Ela então gritou para eles agradecendo pela ajuda.

Capítulo 4

A Flor que não Murcha (枯れぬ花, Karene Hana)
Konan observou pela janela a chuva perpétua caindo em Amegakure, pensando em sua infância: quando ela não tinha pais, casa e comida, ela foi encontrada e salva por Yahiko. Ela foi forçada a retornar ao presente por Nagato, que falou com ela através de seu Caminho Deva (anteriormente, o corpo de Yahiko). Nagato disse a ela que Madara Uchiha estava a caminho.

Madara contou a Konan e Nagato sobre um homem no Vale da Mentira que supostamente tinha informações sobre as Bijuu. Nagato apontou que Hidan e Kakuzu destruíram recentemente a aldeia lá, mas Madara explicou que o informante fugiu para sua segurança, logo antes da destruição da aldeia. Como o informante já foi um ninja de Iwagakure, é possível que ele soubesse algo sobre o jinchuuriki de Iwa. Por causa do sigilo em torno das identidades dos jinchuuriki, era importante que a Akatsuki obtivesse qualquer informação que pudesse para atingir seus objetivos.

Nagato concordou que o informante deveria ser interrogado. Com isso resolvido, Madara queria que Konan fosse a única a procurar o informante. Konan protestou, pois ela tinha deveres em Ame e também precisava ficar com Nagato. Ela sugeriu enviar Hidan e Kakuzu, visto que eles estavam lá, mas Madara respondeu que eles já estavam em uma nova missão. Madara a interrompeu antes que ela pudesse sugerir mais alguém, explicando que ela, como membro da Akatsuki, deveria contribuir algumas vezes. Nagato garantiu que estava tudo bem e ela finalmente cedeu. Madara instruiu Zetsu a mostrar-lhe como chegar ao Vale da Mentira, antes de partir.

Konan voltou para seu quarto para se preparar para a viagem. Levaria dez dias de ida e volta, dez dias que ela estaria longe de Nagato. Embora ela soubesse que ele ficaria bem durante sua ausência, ela estava ansiosa, pois Yahiko sempre enfatizou o quão importante Nagato era para seus sonhos de paz; ela suspeitava que Yahiko disse isso a ela porque ele sabia que ela poderia priorizá-lo sobre Nagato. Ela puxou uma folha de papel amarelado de dentro de sua roupa, perto de seu peito, e examinou a velha flor prensada, armazenada dentro. Ela rapidamente cheirou a flor, devolveu-a ao seu esconderijo e foi se encontrar com Zetsu. Zetsu partiu e, após uma breve despedida do Caminho Deva de Nagato, Konan o seguiu.

Pouco depois de viajar além das chuvas de Amegakure, Konan e Zetsu pararam na base de uma estrada na montanha. Como Zetsu estava dizendo a ela como chegar ao próximo ponto de passagem, de repente gritou. Konan ficou em alerta e seguiu o olhar de Zetsu até as raízes de uma árvore próxima. Zetsu notou que as flores brancas que cresciam ali eram muito parecidas com o ornamento de flores que Konan mantinha em seu cabelo. Embora agora estivesse claro que eles não estavam sendo atacados como ela pensava, ela permaneceu tensa, pois o doce aroma das flores a fez se lembrar de Yahiko.

Konan e Yahiko estavam visitando uma vila perto da fronteira com o País do Fogo para obter suprimentos. Os suprimentos foram todos precificados com os ninjas de Konoha em mente, o que era mais do que Konan e Yahiko podiam pagar. Yahiko, desapontado, estava prestes a deixar a vila quando de repente saiu correndo e disse a Konan para se afastar. Ela obedeceu e, quando ele voltou, ele a presenteou com uma flor branca. Estava danificada, o suficiente para que o vendedor estivesse prestes a jogá-la fora, mas Yahiko convenceu o vendedor a deixá-lo tê-la gratuitamente. Isso o lembrou do enfeite de cabelo de Konan e, além disso, as flores eram um luxo em Ame, devido às fortes chuvas. Yahiko evitou os olhos de Konan enquanto estendia a flor para ela, e ela, corada, aceitou.

Konan foi forçada a sair de suas memórias por Zetsu. Vendo o quanto ela gostava das flores, pegou grosseiramente um buquê delas e deu a ela para que ela não perdesse mais tempo. Ele retomou suas instruções e saiu para encontrá-la no próximo ponto. Konan colocou as flores com a flor prensada perto do peito e continuou. Depois de alcançar Zetsu e seguir para o próximo local de encontro, Konan percebeu o cheiro das flores novamente. Isso a lembrou de quando, alguns dias depois de receber a flor de Yahiko, ela decidiu preservá-la prensando-a sob uma pedra. O resultado final não foi perfeito, mas ela ficou satisfeita. Enquanto admirava a flor prensada em seu esconderijo, Konan se surpreendeu com o aparecimento de Nagato, recém-chegado de uma missão bem-sucedida com Yahiko. Para comemorar, eles começaram a preparar uma refeição para que estivesse pronta quando Yahiko voltasse também. Enquanto trabalhavam, Nagato mencionou seu desejo de ver Jiraiya novamente, uma vez que realizassem seu sonho de acabar com todas as guerras. Konan apoiou isso. Nagato também mencionou seu desejo de um dia, após o fim das guerras, ter mais pessoas que fossem preciosas para ele, algo que somente Konan poderia realizar. "As flores, às vezes, dão frutos", disse ele.

Konan não tinha entendido o que Nagato queria dizer na época, mas lembrar daquela conversa permitiu que ela finalmente entendesse as palavras dele, e a angústia disso a fez voltar à realidade novamente. Ela notou outro canteiro com as flores de antes, pelas raízes de uma árvore próxima. Ao inspecioná-las, ela encontrou uma das flores dando frutos, cheios de sementes. Enquanto descansava naquela noite, examinando as sementes em sua mão, refletiu que não era mais uma flor que pudesse dar frutos.

Depois de encontrar Zetsu novamente, ele lhe deu as últimas instruções para chegar ao Vale da Mentira; Zetsu não a acompanharia pelo resto do caminho. As flores de antes, embora agora estivessem murchando, ainda tinham seu perfume, que continuava a evocar seu passado. Ela se lembrou do dia em que Yahiko morreu: quando Konan foi feita refém por Hanzō e Yahiko, apesar de seus apelos para escapar com Nagato, se matou. Konan acreditava que Nagato também morreu naquele dia, em certo sentido: onde antes ele era gentil e sensível, ele se tornou implacável e intransigente; ele estava disposto a trabalhar com Madara, que havia distorcido a Akatsuki no oposto do que Yahiko queria.

Konan se deparou com um campo das mesmas flores brancas. Ser presenteada com uma lembrança tão dura de Yahiko fez com que ela o visse ao seu lado. Ele articulou sua culpa, sua crença de que Nagato e Yahiko teriam criado a paz com a qual sonhavam, se ela tivesse morrido. Quando sua missão estivesse completa, eles teriam procurado Jiraiya como haviam planejado, e talvez eles a tivessem mencionado com carinho. Yahiko, Konan sentiu, teria guiado Nagato da escuridão que agora o consumia. A imagem de Yahiko encorajou Konan a desistir da Akatsuki e se salvar da corrupção de Nagato.

Ao ouvir Yahiko dizer isso, Konan ficou desconfiada. Ela atacou com Shuriken de Papel, mas as flores não foram danificadas. Percebendo o que isso significava, ela se libertou da influência do genjutsu. O campo de flores desapareceu, revelando que ela estava prestes a caminhar por um penhasco: o Vale da Mentira. Com o genjutsu dissipado, o informante a atacou e ela fugiu para a floresta próxima para encontrar um terreno melhor. Mas a imagem de Yahiko continuou a segui-la. Percebendo que o genjutsu vinha das flores, ela as descartou junto de suas sementes. A imagem de Yahiko, embora desbotada, ainda persistia, forçando-a a descartar seu manto da Akatsuki também, no qual o cheiro havia impregnado.

Embora ela não pudesse ver Yahiko, sua voz ainda a alcançava. Como último recurso, ela pegou o papel que continha a prensagem de flores, transformou-o em uma shuriken e o jogou, acertando com sucesso o informante. Com a técnica da Ilusão do Aroma Floral do informante agora finalmente acabada, ela o atacou, envolvendo-o em papel. Embora fosse verdade que ela se culpava pela morte de Yahiko, o genjutsu a estava empurrando para culpar Nagato também; ela não acreditava que Nagato fosse culpado, e foi assim que ela descobriu o genjutsu. Enfurecido que a memória de Yahiko havia sido tão abusada pelo genjutsu do informante, Konan matou o homem.

Antes que o informante morresse, Konan foi capaz de confirmar que ele conhecia o jinchuuriki do Quatro-Caudas. Mas ele não conhecia bem o jinchuuriki, nem sabia onde o jinchuuriki poderia ser encontrado, o que significava que toda a jornada era uma perda de tempo. Ela voltou para Amegakure, pisando na flor prensada enquanto caminhava. Zetsu e Obito Uchiha a observaram partir, desapontados com a forma como as coisas aconteceram; Obito pensou que o ódio de Nagato poderia ter ficado mais forte se Konan morresse. Yahiko uma vez avisou Konan contra sua ajuda (como "Madara") e, portanto, ela sempre foi rebelde em relação a ele. Mas Obito aceitou que ela permaneceria leal enquanto Nagato estivesse por perto. Obito mandou Zetsu embora e, depois de pensar em Rin, partiu também.

Quando Sasuke ouve que a família de Ōmitsu e Komitsu foi morta pela Akatsuki, ele se sente culpado por causa de seu breve tempo com a organização. Ele pensa nas pessoas que matou durante sua adesão e se pergunta se sua família estava entre elas. Enquanto ele se preocupa com isso, seu irmão mais velho, Kiiro, os chama, repetindo suas instruções para que não brinquem entre as flores. Ōmitsu e Komitsu correm para o lado dele e pedem desculpas, assim como Kiiro percebe Sasuke. Ele a princípio pensa que reconhece Sasuke, mas então percebe que o homem que ele está pensando já estaria morto; Sasuke acha que ele pensou que fosse Itachi.

Ōmitsu apresenta Sasuke e explica que ele salvou Komitsu de cair do penhasco. Kiiro agradece a Sasuke e envia Ōmitsu e Komitsu para casa para buscarem algo. Quando eles se vão, Sasuke pergunta como Kiiro conheceu Itachi, e Kiiro detalha brevemente quando ele e Kodaka conheceram Itachi e Kisame. Mas Kiiro corrige a afirmação de Ōmitsu e Komitsu de que a Akatsuki matou Kodaka; ele explicou a eles muitas vezes que não foi isso que aconteceu, mas eles eram muito jovens para entender. Kodaka morreu por causa do egoísmo e sede de fama de Kiiro. Se Kiiro tivesse ouvido Kodaka e escapado quando tiveram a chance, Kodaka ainda estaria vivo.

Kiiro acredita que deveria realmente ser agradecido a Itachi por poupar sua vida, já que o Sharingan de Itachi, sem dúvida, o teria alertado sobre a astúcia de Kodaka. Ele sempre se perguntou por que Itachi o deixou viver, mas agora que conheceu Sasuke ele entende: Itachi, como Kodaka, tinha um irmão mais novo. Kodaka transferiu suas abelhas para Kiiro antes de morrer, que Kiiro tem usado desde então para sustentar Ōmitsu e Komitsu. Originalmente, eles viajavam vendendo mel, mas as flores que crescem nesta falésia são abundantes o suficiente para sustentá-los, permitindo finalmente que eles se estabeleçam.

Sasuke ouve uma explosão mais abaixo no penhasco, que Kiiro explica ser dos fornos de cerâmica; a terra lamacenta na área é perfeita para cerâmica. Sasuke percebe a aliança de casamento de Kiiro: uma cerâmica branca com um padrão de flores. Ōmitsu e Komitsu retornam com uma criança, que entregam a Kiiro. Embora não tenha sido para isso que ele os enviou, Kiiro está feliz em ver seu filho. Eles também entregam a ele uma garrafa de um mel medicinal, que ele entrega a Sasuke como agradecimento por ajudar Komitsu. Sasuke parte e Ōmitsu e Komitsu acenam com um adeus. Kiiro também grita para ele, perguntando se seu irmão era gentil como Kodaka era, ao que Sasuke responde: "Sim!".

Curiosidades

  • Na versão brasileira deste romance, Kisame é erroneamente retratado na lista de personagens como um ninja originário de Sunagakure.

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